Países Baixos procuram cinco mil passageiros que chegaram de África na última semana

27 nov 2021, 19:52
Hotel perto do aeroporto de Amesterdão onde passageiros vindos de África fazem quarentena

Já foram detetados mais de 60 casos positivos de covid-19, mas ainda não há confirmação de relação com a Omicron

As autoridades dos Países Baixos estão a tentar localizar cerca de cinco mil pessoas que chegaram em voos de África na última semana.

O objetivo é fazer um teste a todos esses passageiros, numa altura em que a ameaça de uma nova variante, chamada Omicron, está a deixar a Europa em suspenso.

Até ao momento, 61 passageiros chegados da África do Sul testaram positivo, não se sabendo ainda se algum dos casos está relacionado com a Omicron.

“Os testes positivos vão ser agora analisados para determinar o mais rápido possível se se trata da nova variante”, acrescentaram as autoridades sanitárias holandesas.

Os serviços de saúde locais estão a trabalhar para rastrear os passos dos passageiros que aterraram em Amesterdão vindos de países como Botsuana, Esuatíni, Lesoto, Moçambique, Namíbia, Zimbabué ou África do Sul.

A alerta da Omicron nos Países Baixos surge um dia depois de o país ter dado um passo atrás, decretando uma espécie de confinamento noturno

“A partir de domingo, tudo, nos Países Baixos, estará em princípio fechado entre as 17:00 e as 05:00”, exceto os estabelecimentos essenciais, declarou o primeiro-ministro, Mark Rutte, numa conferência de imprensa em Haia.

As escolas mantêm-se abertas, apesar de o maior aumento das infeções se registar nas crianças.

Com uma média próxima dos 23 mil casos diários, os Países Baixos estão a começar a sentir a quinta vaga da pandemia. Ainda assim, há uma preocupação das autoridades com a pouca testagem: “Menos de metade das pessoas com sintomas fazem testes, o que mostra que a mensagem não está a passar suficientemente, e eu assumo a culpa”, afirmou Mark Rutte.

Os hospitais estão a cancelar cirurgias agendadas para libertar camas, porque os novos casos estão a atingir níveis recorde, apesar das restrições já em vigor e o facto de cerca de 85% dos adultos neerlandeses estarem vacinados.

Quanto à nova variante, a comunidade científica ainda se encontra a estudar os últimos indícios, mas já se sabe que a Omicron tem cerca de 30 mutações, o que faz os especialistas temerem uma maior resistência às vacinas no mercado. Foi nesse sentido que Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson anunciaram estudos que vão começar de imediato.

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