Pandemia continua “muito preocupante” mas vacinas protegem contra doença grave, garante EMA

Agência Lusa , DCT
18 jan 2022, 17:14
Vacinação contra a covid-19

EMA defende que não há informação suficiente sobre a necessidade de uma quarta dose

A Agência Europeia do Medicamento alertou esta terça-feira que a situação da pandemia continua “muito preocupante”, devido ao aumento de infeções, mas reiterou a “considerável proteção” das vacinas contra as formas mais graves de covid-19.

A situação no continente continua muito preocupante, especialmente devido às altas taxas de infeção que progridem para doença e que estão a aumentar a pressão nos hospitais e nos cuidados primários de saúde”, adiantou o responsável da estratégia de vacinação da agência europeia (EMA, na sigla em inglês) em conferência de imprensa.

Segundo Marco Cavaleri, os dados epidemiológicos da Europa mostram um aumento de casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, devido à rápida disseminação da variante Ómicron, mas as vacinas aprovadas continuam a oferecer uma “considerável proteção contra a hospitalização e formas severas da doença, especialmente após a administração da dose de reforço”.

Perante isso, o chefe da estratégia de ameaças biológicas para a saúde e vacinas do regulador europeu salientou a importância dos cidadãos europeus completaram a vacinação primária e das pessoas elegíveis receberem a “dose de reforço o mais cedo possível”.

Falta informação para avançar para a quarta dose

Na conferência de imprensa, Marco Cavaleri reiterou ainda a posição da EMA de que, atualmente, não há informação suficiente sobre a necessidade de uma quarta dose para a população em geral, mas admitiu como “razoável” que as autoridades de saúde nacionais equacionem essa possibilidade apenas para pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos.

A administração repetida de reforços com intervalos muito curtos pode reduzir o nível de anticorpos que podem ser produzidos em cada administração, uma vez que o sistema imunitário precisa de um certo tempo para uma resposta mais eficaz”, explicou o especialista da EMA.

Segundo disse, de uma perspetiva global, a administração de múltiplas doses de reforço com intervalos curtos “não é sustentável a longo prazo”, seja ao nível operacional, mas também pela expectável “fadiga social” que daí pode resultar.

A EMA já aprovou a utilização para a União Europeia (UE) das vacinas Comirnaty (BioNTech and Pfizer), Nuvaxovid (Novavax), Spikevax (Moderna), Vaxzevria (AstraZeneca) e  Janssen.

O regulador europeu é responsável pela avaliação científica, supervisão e monitorização da segurança de medicamentos na UE, trabalhando em rede com milhares de especialistas de toda a Europa, distribuídos pelos vários comités científicos.

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