Conselhos para ter um Natal seguro (crianças incluídas)

11 dez 2021, 09:00
Natal

Nestas festas, o melhor presente que pode dar à sua família é a sua saúde. À CNN Portugal, Bernardo Gomes, médico especialista de saúde pública, defendeu uma prevenção por camadas, com compensação de riscos para as reuniões familiares mais aguardadas do ano

A lista é curta e, no fundo, conhecida, mas, a duas semanas do Natal, é importante recordar quatro medidas de prevenção da covid-19, para que a sua saúde seja o melhor presente que possa dar à sua família.

Uma prevenção que assenta em quatro pilares, ou seja, “vacinação, testagem, ventilação e restrição de contactos”, como explicou à CNN Portugal, Bernardo Gomes, médico especialista de saúde pública.

Vacinação

Quase 89% da população portuguesa elegível tem as duas doses da vacina contra a covid-19, muitos já receberam a dose de reforço, mas, apesar desta relevância nacional, sabemos que as vacinas não bloqueiam a transmissão, apesar de eficazes na prevenção dos internamentos e na redução dos óbitos. Posto isto, é importante estar vacinado, mas não podemos pensar que está tudo feito. “Temos de pensar numa prevenção por camadas e contrariar a lógica de pensar que as coisas são 0-1, ou seja, ou funcionam ou não funcionam”, sublinhou Bernardo Gomes;

Testagem

Com os autotestes à mão e os testes antigénio gratuitos nas farmácias, não há desculpas para sair de casa sem fazer um teste. Preferencialmente nos dias 24 e 25 de dezembro. ”Testes rápidos antes de sair de casa, mesmo no dia em causa. O ótimo é inimigo do bom e, por isso, podemos acrescentar mais proteção”, defendeu o médico;

Ventilação

Ninguém lhe vai pedir para abrir as janelas de casa para o ar circular numa noite que será já de inverno. “É impraticável com as condições térmicas das casas portugueses”, lembrou Bernardo Gomes. Mas é possível renovar a qualidade do ar, mesmo não tendo um purificador em casa. “Temos de ter noção de que quando estamos em conjunto, uma percentagem do ar que respiramos já passou pelos pulmões de outra pessoa”, observou Bernardo Gomes, sugerindo que os convidados não se limitem a confraternizar apenas à mesa. “Não fazer todo o ritual de jantar no mesmo espaço” é uma das sugestões, tal como “escolher, dentro do possível, a casa com mais ventilação”;

Restrição de contactos

Já está a aceitar convites para jantares de Natal da empresa, de amigos, de conhecidos, de grupos a que pertence? Pense melhor sobre os que são de facto importantes e tente que não se realizem em datas próximas das festividades. “Uma semana a dez dias antes do Natal devemos ter mais cuidado com quem andamos e onde vamos, para acrescentar mais proteção, uma espécie de dieta social. Ter a noção de que estes encontros são um acrescento de risco”, alertou o médico. Isto é válido para pais e filhos, ou, se preferir, adultos e jovens.

Crianças

As crianças até aos 11 anos não estão vacinadas contra a covid-19 e em muitas a doença manifesta-se de forma assintomática, pelo que a melhor forma de as “controlar” é “restringir os seus contactos”, nomeadamente a partir de dia 17, quando terminam as aulas. “Nós não podemos nem devemos achar que conseguimos controlar tudo. E devemos assumi-lo. Temos de compensar todos os outros riscos para encaixar este”, defendeu o especialista.

Compras de Natal

Para terminar, evite filas e concentrações de pessoas quando for fazer as compras de Natal. Use máscara, de preferência a FFP2, e evite os períodos de maior afluência às lojas.

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