Covid-19: teste do pezinho e vacinas não devem ser adiados, diz DGS

27 mar 2020, 10:58
Injeção

Consultas de vigilância do Plano Nacional de Saúde Infantil e Juvenil também devem ser realizadas

A Direção-Geral da Saúde alerta que, apesar da pandemia da covid-19 estar a obrigar ao cancelamento de várias consultas, há algumas que não podem ser alteradas, como o teste do pezinho assim como as vacinas e as consultas de vigilância da saúde infantil e juvenil.

O teste do pezinho deve ser feito entre o 3.º e o 6.º dia de vida e não pode ser adiado, diz uma nota divulgada pela DGS. O teste é realizado no mesmo momento da 1.ª consulta médica programada que deverá ocorrer na 1.ª semana após o nascimento.

«Este momento deve ser utilizado para avaliação dos critérios de elegibilidade para eventual vacinação com a vacina BCG», acrescenta.

A entidade sublinha que se torna nesta altura relevante a «reavaliação do risco familiar e respetiva intervenção preventiva pelas equipas de família, com eventual suporte dos núcleos de apoio a crianças e jovens em risco».

«Apesar da situação de exceção, a condição de vulnerabilidade da criança, não permite o adiamento das consultas de vigilância», avisa a DGS, que como prioridades define as seis consultas no 1.º ano de vida da criança, a consulta prevista para entre os 18 meses e os 24 meses e a que está prevista aos cinco anos de idade.

«Devem ser desenvolvidos todos os esforços para o cumprimento do esquema previsto no PNSIJ, recorrendo a formas alternativas, tais como consultas por telecontacto/telemedicina pelas equipas de saúde familiar (médico e/ou enfermeiro), para manutenção e monitorização da saúde da população infantil e juvenil durante este período de exceção provocado pela pandemia de covid-19», indica.

A autoridade nacional de saúde aconselha também um reforço das medidas para evitar o contágio das crianças e da família que se deslocam ao serviço de saúde, programando a consulta e coordenando os horários com os da vacinação e diz que cada criança deve ser apenas acompanhada por um cuidador.

Evitar acumulações em sala de espera de utentes, cumprindo as regras de distanciamento social e de higienização pessoal e retirar dos espaços comuns os brinquedos e material didático que possam constituir fonte de transmissão são outros dos conselhos da DGS, que sublinha a importância da limpeza e desinfeção das superfícies e mobiliário da sala de espera.

Nesta informação, a DGS diz também que as equipas de famílias (do serviço de saúde) devem atualizar o contacto dos cuidadores, manter a atividade que envolve o levantamento e identificação das crianças com necessidades de saúde especiais (NSE), em situação de risco ou vulneráveis nas áreas de cada unidade.

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