Governo sul-coreano vai oferecer subsídio a “jovens solitários” para evitar o seu isolamento

TVI , MCP
18 abr 2023, 11:48
depressão

A medida visa apoiar pessoas afastadas da sociedade, que vivem em famílias com rendimentos abaixo da média

O Governo da Coreia do Sul vai investir num plano de inclusão social para jovens solitários e isolados. O ministério da Igualdade de Género e Família anunciou, esta semana, um subsídio - que faz parte do pacote de medidas da Lei de Apoio ao Bem-estar Juvenil - de 650 mil won (92 euros) mensais, numa tentativa de apoiar a “estabilidade psicológica e emocional e um desenvolvimento saudável” dos jovens sul-coreanos.

De acordo com um relatório do Instituto Coreano de Saúde e Assuntos Sociais, cerca de 3,1% dos coreanos, com idades que vão dos 19 aos 39 anos, são “jovens solitários e reclusos”, que vivem num “espaço limitado, desconectados com o mundo exterior por um grande período de tempo e que têm notável dificuldade em viver uma vida normal”. Esta percentagem equivale a 338 mil pessoas. 40% delas começou a isolar-se na adolescência.

As causas para o afastamento poderão ter por base dificuldades financeiras, doenças do foro mental e psicológico, problemas familiares ou problemas de saúde.

Indo à raiz do problema, o auxílio mensal vai incidir em jovens dos nove aos 24 anos e que vivem numa família com rendimentos abaixo da média nacional. 

“Os jovens isolados podem ter um crescimento físico mais lento, devido a uma vida irregular e nutrição desequilibrada, e o mais provável é que vão enfrentar dificuldades mentais, como depressão, devido à perda de papéis sociais e à adaptação mais lenta”, referiu o ministério, enfatizando a importância do “apoio ativo”.

Além dos vários estudos de caso detalhados, como o exemplo de uma estudante que sofria de problemas de saúde mental e dificuldades de adaptação social, que a levaram a não frequentar a universidade ou de uma aluna que sofria de violência doméstica e fome  – o que dificultou relacionamentos com outras pessoas - o relatório também explicita os próximos passos a dar no sentido de readaptar pessoas deste grupo. As etapas passam por distribuir as medidas para governos locais, aumentar as redes de segurança social para jovens, prestar serviços de aconselhamento clínico e trabalhar mais de perto com instalações de bem-estar para jovens, como abrigos e centros de reabilitação.

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