Coreia do Norte diz que testou lançamento de míssil de curto alcance

Agência Lusa , AM
19 set, 08:13
Kim Jong-un (KCNA/EPA)

Líder norte-coreano, Kim Jong-un, “supervisionou ambos os lançamentos de testes” e “expressou grande satisfação com os resultados”

A Coreia do Norte disse esta quinta-feira que testou o lançamento de um novo míssil de cruzeiro de longo alcance e de um míssil balístico de curto alcance equipado com uma ogiva de 4,5 toneladas.

“O lançamento do teste teve como objetivo verificar a precisão de atingir um alvo localizado a um alcance médio de 320 quilómetros, bem como o poder explosivo da ogiva de grandes dimensões”, avançou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

O míssil balístico de curto alcance (SRBM, na sigla em inglês), lançado na quarta-feira, foi um Hwasongpho-11Da-4.5, um tipo de projétil testado pelo regime de Pyongyang pela primeira vez a 02 de julho.

A KCNA indicou que a Coreia do Norte “também realizou o teste de lançamento de um míssil de cruzeiro estratégico cujo desempenho foi melhorado para utilização em combate”, sem acrescentar mais detalhes.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, “supervisionou ambos os lançamentos de testes” e “expressou grande satisfação com os resultados”, referiu.

Kim indicou que “tais testes e a melhoria no desempenho destas armas e dos equipamentos são diretamente ligados à ameaça de forças externas ao ambiente de segurança do Estado" da Coreia do Norte, acrescentou a KCNA.

Na quarta-feira, o Comando Conjunto dos Chefes de Estado-Maior (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul disse ter detetado que o Norte disparou vários mísseis balísticos de curto alcance a partir do norte da capital e que os projéteis voaram para nordeste.

Esta manhã (hora local), o JCS indicou que os mísseis balísticos e de cruzeiro disparados a partir de Pyongyang do Norte devem ter caído na região montanhosa do nordeste da Coreia do Norte.

O Ministério da Defesa do Japão disse ter detetado pelo menos dois lançamentos.

A Coreia do Norte anunciou ter testado, em 12 de setembro, lançadores múltiplos de foguetes de 600 milímetros, descritos pelo regime como capazes de lançar ogivas nucleares táticas.

No dia seguinte, Pyongyang divulgou imagens de instalações de enriquecimento de urânio, durante uma visita de Kim Jong–un, que pediu um aumento do número de armas nucleares.

Kim “sublinhou a necessidade de aumentar ainda mais o número de centrifugadoras, de forma a aumentar exponencialmente as armas nucleares para autodefesa”, avançou a KCNA.

Foi a primeira vez que Pyongyang divulgou imagens de uma instalação de enriquecimento de urânio desde 2010.

Há duas semanas, a Coreia do Norte retomou a prática de lançar balões com lixo para a Coreia do Sul. Pyongyang já enviou quase cinco mil balões para o Sul desde maio.

Desde 2022 que a Coreia do Norte tem acelerado de forma significativa os testes de armas.

Especialistas têm apontado uma ligação com o alegado fornecimento pela Coreia do Norte de munições e mísseis à Rússia contra a Ucrânia, um acusação do Ocidente que o regime de Pyongyang tem negado.

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