Os novos sistemas de radar foram projetados para detetar aeronaves, navios e mísseis inimigos, de modo a aumentar as capacidades defensivas e ofensivas norte-coreanas. Já os drones, equipados com IA, têm a capacidade de patrulhar autonomamente o espaço aéreo e identificar alvos, sem a necessidade de intervenção humana
A Coreia do Norte revelou esta terça-feira o que afirma ser o primeiro drone suicida equipado com inteligência artificial (IA), além de um novo sistema de radar de alerta aéreo antecipado.
Segundo a KCNA, a agência de notícias de Pyongyang, o líder norte-coreano Kim Jong-un supervisionou a demonstração dos equipamentos, dando orientações às autoridades militares do país. Kim afirmou que a prioridade na modernização das forças armadas deverá ser dada ao desenvolvimento de "equipamentos não tripulados e inteligência artificial".
"O campo de equipamentos não tripulados e inteligência artificial deve ser priorizado e desenvolvido na modernização das forças armadas", afirmou o líder supremo da Coreia do Norte.
Os novos sistemas de radar foram projetados para detetar aeronaves, navios e mísseis inimigos, de modo a aumentar as capacidades defensivas e ofensivas norte-coreanas. Já os drones, equipados com IA, têm a capacidade de patrulhar autonomamente o espaço aéreo e identificar alvos, sem a necessidade de intervenção humana.
Este é o primeiro anúncio oficial da Coreia do Norte sobre o desenvolvimento de um sistema de alerta aéreo antecipado, que poderá melhorar significativamente a sua defesa aérea, especialmente considerando o terreno montanhoso da península, que dificulta o funcionamento eficiente dos atuais sistemas de radar.
A Coreia do Norte tem vindo a modificar aeronaves fornecidas pela Rússia para criar plataformas de radar aerotransportado, conforme um relatório publicado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) em setembro de 2024. Essas aeronaves complementariam os sistemas de radar existentes, oferecendo maior flexibilidade e alcance.
Além disso, a Coreia do Norte, que se tornou um aliado estratégico da Rússia, tem fornecido a Moscovo projéteis de artilharia, mísseis e milhares de soldados, em troca de recursos como petróleo e tecnologia. Relatórios indicam que mais de 11 mil soldados norte-coreanos foram enviados para a região russa de Kursk, onde enfrentam as forças ucranianas.
A apresentação surge também no dia em que Seul acusou a Coreia do Norte de ter alegadamente enviado, pelo menos, mais 3 mil soldados para a Rússia no início deste ano.