Organismo que tutela o futebol na América do Sul diz que recomendações para evitar os acontecimentos antes do Argentina-Colômbia não foram seguidas
A CONMEBOL, organismo responsável pela organização da Copa América, lançou um comunicado no qual se defende das acusações feitas após os acontecimentos caóticos antes da final da Copa América entre Argentina e Colômbia e aponta o dedo às autoridades locais.
«A CONMEBOL estava sujeita às decisões tomadas pelas autoridades do Hard Rock Stadium, de acordo com as responsabilidades contratuais estabelecidas para a operação de segurança. Pese embora as determinações do referido contrato, a CONMEBOL recomendou às ditas autoridades que colocassem em prática os procedimentos testados em eventos desta envergadura, os quais NÃO foram tomados em conta», lê-se na nota.
«Lamentamos que os atos de violência levados a cabo por pessoas mal-intencionadas tenham machado uma final que estava pronta para ser uma grande festa do desporto», completa o comunicado.
Recorde-se que várias pessoas entraram no estádio sem bilhete, saltando vedações e introduzindo-se em condutas de ventilação. O caos fora do Hard Rock Stadium atrasou em uma hora o início do jogo e há relatos de pessoas com bilhetes que não puderam assistir à partida.
A Copa América, uma espécie de teste para o Mundial 2026 (nos Estados Unidos, México e Canadá), ficou marcada por vários episódios graves de confrontos entre adeptos nas bancadas. Nas meias-finais entre Uruguai e Colômbia, o ex-Benfica Darwin Nuñez chegou mesmo a subir à bancada para, em defendesa da família, entrar em confronto com apoiantes dos cafeteros.
Além disso, houve diversas queixas sobre o mau estado dos relvados dos estádios e dos centros de treino.
No mesmo comunicado, a CONMEBOL refere-se a esta Copa América como o «torneio mais desafiante» organizado por si em conjunto com a Concacaf.