Governo baixa contigência e coloca país em situação de alerta para incêndios

17 jul 2022, 11:24

Situação de alerta vai ser reavaliada na terça-feira

O Governo anunciou este domingo que vai baixar o nível de alerta do país face aos incêndios, suspendendo a situação de contingência que estava em vigor, face à melhoria das condições meteorológicas. O anúncio foi feito pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou que as "temperaturas vão baixar 2 a 8 graus" e que por isso a situação pode baixar para alerta.

"O nível de alerta estará em vigor entre as 00:00 de e as 23:59 de terça-feira, dia em que voltaremos a reavaliar. Na terça-feira ao fim do dia, voltaremos a reavaliar as condições climatéricas, tanto mais que se prevê que as temperaturas voltem a subir. O que está previsto é que se possam reavaliar as condições (...) tendo em vista reavaliar a situação de alerta ou a necessidade de retomarmos a situação de contigência". 

José Luís Carneiro falava no briefing com a Proteção Civil onde revelou que o "esforço conjugado tem dado resultados e convém termos consciência que até ao fim do verão vamos ter momentos difíceis".

Portugal continental entrou em situação de contingência, segundo nível de resposta previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, na passada segunda-feira e na quinta o Governo decidiu prolongar esta situação até hoje.

Na última semana, o país enfrentou temperaturas elevados e o dia mais quente foi na quarta-feira, em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Incêndios em Chaves e Baião preocupam autoridades

André Fernandes, Comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, fez este domingo um novo ponto de situação operacional, revelando que o dia 13 de julho continua a ser o dia com mais ocorrências registadas (193 em 24 horas). Este domingo foram, até ao momento, registadas 29 ocorrências.

"Há quatro ocorrências ativas, duas das quais significativas: Chaves (Bustelo) e Baião", afirmou, acrescentando que desde 7 de julho foram feitas 198 assistências nos diferentes teatros de operações e "há a lamentar um morto, 4 feridos graves, 95 assistidos, 97 feridos ligeiros".

Quanto a danos, o comandante acrescentou à lista já divulgada seis danos em casas (5 devolutas) e anexos em Vila Real.

André Fernandes disse ainda que “os próximos dias serão de alguma acalmia”, mas lembrou que "é preciso ter consciência de que o país vive uma seca extrema e, portanto, os níveis de água no solo estão muito baixos e há muito combustível seco para arder".

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