Processo de privatização da TAP avança antes do verão

CNN Portugal , MJC
27 abr 2023, 12:04
Fernando Medina, ministro das Finanças (Lusa/ Rodrigo Antunes)

O pedido de duas avaliações independentes ao valor da TAP é o primeiro passo no processo de privatização. Governo revela que "já há interessados" na aquisição da transportadora

O Conselho de Ministros aprovou uma resolução que mandata o Ministério das Finanças e a Parpública para a realização de duas avaliações financeiras ao valor da TAP, a serem feitas por entidades independentes, anunciou o ministro das Finanças, Fernando Medina. Estas avaliações são "obrigatórias por lei" e são prévias ao processo de privatização da companhia.

O ministro espera que em julho as avaliações já estejam concluídas. "A expectativa que temos é que o Governo possa aprovar o decreto-lei que inicia o processo de privatização da TAP antes do verão", afirmou Medina. Só nessa altura serão definidos os pormenores relativos à privatização.

João Galamba, ministro das Infraestruturas, revelou que já "há interessados" na TAP. 

Questionados sobre se todas as polémicas em volta da companhia poderiam reduzir a valorização ou o número de interessados na TAP, os dois ministros tentaram evitar dar uma resposta direta.

"A TAP já era uma grande companhia e agora no contexto da transição energética, há uma valorização acrescida", sublinhou Galamba, acrescentando ainda que "a questão da capacidade aeronáutica na região de Lisboa é muito importante para a valorização da TAP e é por essa razão que o Governo está empenhado em encontrar uma solução de longo prazo para o novo aeroporto e também, entretanto, na melhoria operacional do aeroporto Humberto Delgado".

"As comissões de inquérito são normais num estado de direito", sublinhou Medina. "A TAP tem um valor intrínseco, que decorre da sua existência enquanto companhia aérea na sua posição no hub de Lisboa", disse, lembrando os resultados positivos obtidos em 2022. Além da valorização decorrente da transição encergética, há ainda um valor acrescido resultante das sinergias a realizar após a privatização, explicou. O ministro das Finanças acredita, por isso, que a atuação da comissão de inquérito não põe em causa o valor da TAP: "A minha convicção é de que nada do que se passa na comissão de inquérito põe em causa aquilo que são os valores intrínsecos da TAP".

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