O CDS-PP está "vivo" e voltará à Assembleia da República de onde “nunca deveria ter saído”

Agência Lusa , PP
2 abr 2022, 17:04
Congresso CDS-PP (Fotos Lusa/JOSÉ COELHO)

Candidatos à liderança do CDS-PP falaram este sábado, no 29.º Congresso do partido, em Guimarães

Candidatos à liderança do CDS-PP falaram hoje, no 29.º Congresso do partido, em Guimarães, num “partido vivo” que voltará à Assembleia da República de onde “nunca deveria ter saído”.

O dirigente do CDS-PP e candidato à liderança do partido Miguel Mattos Chaves defendeu que “o CDS está vivo” e considerou que a situação atual do partido, que perdeu representação parlamentar, “resulta de erros cometidos desde 2011”.

Na apresentação da sua moção de estratégia global, Mattos Chaves, que integra ainda a Comissão Política Nacional liderada por Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu que não se pode “entregar a liderança do CDS a quem o atirou para este estado”.

O candidato à liderança saudou a presença no pavilhão multiusos de Guimarães do antigo líder do CDS-PP Manuel Monteiro e considerou que a recuperação do partido depende de “dar voz aos milhões de portugueses de direita que não se têm sentido representados”.

“O CDS tem dois grandes desafios: o primeiro, e mais importante, é afirmar os valores do CDS, o conservadorismo e a democracia-cristã, que nos distinguem dos restantes; o segundo é abrir mais o partido e à sociedade civil”, disse, apelando ao “fim do silêncio dos bons do partido”.

Já o candidato à liderança do CDS-PP Bruno Filipe Costa, que começou a apresentar a sua moção de estratégia global “Visão 22-30” à hora de almoço vendo a sala esvaziar-se naquele momento, assumiu que o partido tem um “enorme desafio” pela frente.

Apontando um CDS-PP com “demasiados erros e demasiados nós”, Bruno Filipe Costa disse que não é tempo de “vinganças mesquinhas”, mas de “defender o legado” do partido, unir forças e usar os melhores.

“O CDS-PP deixou a casa da democracia, mas voltará a estar lá de onde nunca deveria ter saído”, afirmou.

Lembrando que, apesar de não ter representação no Parlamento, está representado na Europa, nos municípios e nas freguesias.

Por seu lado, o candidato Nuno Correia da Silva, que saudou o líder demissionário, Francisco Rodrigues dos Santos, momento em que se ouviram umas tímidas palmas na sala, disse que o partido chega ao 29.º Congresso com um resultado que não desejava, referindo-se à perda de representação no Parlamento.

Com uma moção intitulada de “Liberdade”, Nuno Correia da Silva assumiu querer um país de liberdade onde os pais possam escolher a escola dos filhos, onde as famílias possam educar os filhos e onde se recompense de forma justa quem trabalhe.

“Para o CDS-PP há uma regra de ouro que é quem trabalha não pode ser pobre”, assentou.

Para o centrista, este é o partido da solidariedade e não do egoísmo, o partido que está ao lado das pessoas.

O 29.º Congresso do CDS-PP reúne-se até domingo em Guimarães (distrito de Braga) para eleger o próximo presidente do partido.

Esta reunião magna acontece dois meses depois das eleições legislativas de 30 de janeiro, nas quais o CDS-PP teve o pior resultado de sempre (1,6%) e perdeu pela primeira vez a representação na Assembleia da República.

O atual líder, Francisco Rodrigues dos Santos, que tinha sido eleito em janeiro de 2020, demitiu-se na noite eleitoral depois de conhecidos os resultados.

São quatro os candidatos assumidos na corrida à liderança: Nuno Melo (eurodeputado e líder da distrital de Braga), Miguel Mattos Chaves, Nuno Correia da Silva (ambos vogais da Comissão Política Nacional) e o militante e ex-dirigente concelhio Bruno Filipe Costa.

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