Salvador Malheiro: "Mostrar abertura para dar confiança a esse eleitorado nada tem a ver com ser muleta do PS"

17 dez 2021, 11:00

"Muita gente anunciou a sua morte política, o que é certo é que venceu três eleições diretas, contra tudo e todos", lembrou o militante do PSD.

O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Salvador Malheiro, nega que o partido seja uma "muleta" do Partido Socialista (PS), durante entrevista para a CNN Portugal, no dia de arranque do Congresso do PSD. 

"A estratégia foi bem definida: orientar o PSD para o centro", diz Salvador Malheiro, que explica que essa medida tem como objetivo alcançar a confiança dos eleitores que "por norma decidem as eleições".

"Para termos a confiança dos socialistas moderados, temos de mostrar abertura para podermos dar confiança a esse eleitorado, mas isso nada tem a ver com o facto de sermos uma muleta do PS", avança.

O Congresso do Partido Social Democrata (PSD) tem início esta sexta-feira e decorre até domingo, no Europarque, em Santa Maria da Feira.

"Vai começar hoje uma grande festa da social-democracia, um congresso, depois de eleições diretas que foram clarificadoras, que definiram, mais uma vez, Rui Rio como presidente do partido", diz Salvador Malheiro, reforçando a particularidade deste congresso, que acontece sensivelmente a um mês das eleições legislativas.

"Um partido completamente unido". São estas as expectativas do vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD e presidente da Câmara Municipal de Ovar para o final do congresso do partido, em que acredita que personalidades como Luís Montenegro, Miguel Pinto Luz e Paulo Rangel se unam em torno de Rui Rio, para que seja possível apresentar uma proposta credível por forma a que o PSD ganhe as eleições.

"O que seria necessário acontecer mais a Rui Rio para que tivesse toda a gente a apoiá-lo. Ganhou três eleições, num contexto muito complicado, onde saiu com uma liderança muito reforçada", continua.

Salvador Malheiro reforça ainda que está convicto da vitória do partido nas legislativas de janeiro mas lembra que, caso não aconteça, o Partido Social Democrata tudo fará para que, com sentido de responsabilidade, sejam concedidas condições de estabilidade a quem ganhar para que seja possível a governação do País.

Sobre projeções e sondagens relativamente ao líder do partido, o militante prefere não fazer muitos prognósticos. 

"Rui Rio é o exemplo de um líder político de que não é muito interessante fazer-se prognóstico. Muita gente anunciou a sua morte política, o que é certo é que ele venceu três eleições diretas, contra tudo e todos", lembra, rematando que a política tem uma dinâmica intensa e que as sondagens e projeções são voláteis.

Partidos

Mais Partidos

Patrocinados