Governo vai avançar com novas regras. As medidas que Costa adiantou aos partidos

24 nov 2021, 12:00
António Costa

Até agora, sabe-se que existem pelo menos duas cartas fora do baralho: um novo estado de emergência e eventuais confinamentos gerais, parciais ou setoriais

Com os números da pandemia a aumentar há várias semanas, o Governo vai avançar com novas medidas de controlo, esta quinta-feira, depois do Conselho de Ministros. Na terça-feira, António Costa esteve a ouvir todos os partidos com representação parlamentar, à exeção do PSD, uma que vez que Rui Rio se encontra na Madeira, e desses encontros saíram já algumas novidades. 

Há duas ideias que ficaram claras: o Governo não quer confinamentos gerais, parciais ou setoriais, nem novos estados de emergência. As cartas em cima da mesa apontam todas para medidas que fomentem um controlo acrescido e evitem restrições horárias, ou encerramento de estabelecimentos ou setores. 

"Duplo controlo" à entrada de eventos e estabelecimentos

À saída da reunião, o presidente do Chega, André Ventura, disse que estava previsto um "duplo controlo" em eventos de grande exposição, como eventos desportivos ou concertos, e ainda para o acesso a discotecas e bares. Este "duplo controlo" passa pela apresentação do certificado de vacinação e ainda de um teste negativo realizado até 48 horas antes.

No entanto, esta medida não está prevista para a restauração. Neste caso, será pedido apenas o certificado, “independentemente do dia e da hora”. 

Quanto aos eventos religiosos, não há ainda resposta. 

Restrições horárias ou encerramento de estabelecimentos

O Governo também não tem intenção de voltar a fechar "atividades económicas", nem de aplicar restrições horárias semelhantes às que foram implementadas nos anteriores confinamentos. A revelação foi feita pelo líder da Iniciativa Liberal.

João Cotrim de Figueiredo assegurou ainda que não estão previstas limitações na lotação dos espaços. 

Terceira dose para os idosos até ao Natal

O presidente do CDS-PP afirmou, terça-feira, no final da reunião, que o Governo se comprometeu até ao Natal a priorizar a vacinação com a terceira dose para os idosos, não tendo "nada planeado para já" em relação às crianças.

O Executivo alegou a baixa letalidade na faixa etária entre os cinco e os 11 anos, ainda que, neste momento, seja o grupo com a maior incidência de casos. 

Uso de máscara na rua 

A obrigatoriedade do uso de máscara na rua não está na mira do Governo. O primeiro-ministro deverá anunciar o uso obrigatório de máscara em espaços fechados, como a restauração e o comércio, independentemente do tamanho do espaço e do número de pessoas que lá estejam. 

Já na via pública, deve funcionar apenas como uma recomendação, que será exigível em casos de ajuntamentos muito significativos onde não seja possível manter o distanciamento físico entre pessoas.

O PSD reúne-se esta quarta-feira com o primeiro-ministro e assim termina a ronda pelos partidos sobre a situação epidemiológica do país. 

Para além de António Costa, estão nestas reuniões a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

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