Conferência dos Oceanos. Macron foi a Lisboa reforçar que a guerra não pode desviar a atenção do ambiente

Rafaela Laja , com Lusa
30 jun 2022, 18:13
Emmanuel Macron e Marcelo Rebelo de Sousa dão um passeio pelo Parque das Nações depois de participarem na Conferência dos Oceanos. Foto: José Sena Goulão/Lusa

Presidente francês discursou esta quinta-feira na sessão plenária da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, onde anunciou que a França iria ser a anfitriã do próximo encontro

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou esta quinta-feira em Lisboa que, "agora que a guerra voltou a solo europeu", a ONU não se deve desviar da agenda climática.

"Apesar de muitas dificuldades geopolíticas e da guerra (na Ucrânia), as Nações Unidas têm muito a fazer neste domínio e não podem desviar-se do objetivo”, afirmou Macron.

Na sua intervenção na sessão plenária, presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente francês anunciou que França será a anfitriã, em conjunto com a Costa Rica, de uma nova Conferencia dos Oceanos, em 2025.

“Vamos usar este impulso para nos ajudar a avançar coletivamente”, declarou Macron, referindo-se aos trabalhos desta II Conferência sobre os Oceanos que decorre até sexta-feira em Lisboa.

“O que começámos aqui, a importância desta conferência, é ver o que tem sido feito recentemente mas também marcar a agenda nos tempos próximos e quero dizer que o nosso compromisso é total, abrangente e coletivo”, afirmou. E ao proteger os oceanos e a biodiversidade marinha “protegemos o ambiente”, sublinhou Macron.

A Europa deu um grande passo em frente em termos ambientais, com a fixação dos seus objetivos climáticos para 2030 e 2050, disse o Presidente francês, que referiu assim um dos objetivos cumpridos durante a presidência Francesa do Conselho da União Europeia (UE), que termina precisamente hoje

Reafirmando o compromisso da UE e de França, Macron apontou exemplos do que está já a ser feito na sequência da conferência de Brest, no início deste ano, sobre alterações climáticas “no que diz respeito ao transporte marítimo e aéreo, aos veículos de emissões zero, ao reforço dos mercados de carbono e ajuda às famílias que combatem a desflorestação”.

Depois do discurso de Macron, Marcelo Rebelo de Sousa levou o presidente francês num passeio a pé junto ao rio, entre a Altice Arena e o Oceanário.

Na conferência de Lisboa, organizada por Portugal e pelo Quénia, participam delegações de 159 países e instituições, que se fizeram representar por 15 chefes de Estado, um vice-presidente, 124 ministros e 17 altos representantes de organizações governamentais internacionais.

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