Estudo mostra que o cansaço causado pela privação de sono contribui para cerca de 20% dos acidentes de viação.
O cansaço provocado pela privação de sono tem múltiplos efeitos na saúde e bem-estar e a falta de concentração é o primeiro sinal de alerta - e o mais perigoso se estiver ao volante depois de uma noite mal dormida.
Diz um recente estudo publicado na revista Nature and Science of Sleep que conduzir com menos de cinco horas de sono pode ter um efeito “semelhante” a conduzir sob o efeito de álcool.
Para chegar a esta conclusão, os cientistas da Central Queensland University, na Austrália, analisaram 61 estudos sobre todos os fatores que podem condicionar a condução segura, sendo que as poucas horas de sono mostraram ter um impacto negativo no desempenho ao volante.
“As descobertas sugerem que, após seis ou sete horas de sono, um nível modesto de compromisso é, geralmente, observado em comparação com mais de oito horas de sono (ou seja, um bom descanso)”, lê-se no estudo, que adianta que “a probabilidade de acidente parece ser aproximadamente 30% maior após seis ou sete horas de sono, em comparação com indivíduos que estão bem descansados”.
Dizem ainda os cientistas que “após uma noite de quatro ou cinco horas de sono” em 24 horas “há grandes decréscimos no desempenho da condução e aproximadamente o dobro da probabilidade de um acidente quando comparado com indivíduos bem descansados”. Este aumento do dobro da probabilidade de um acidente em quem conduz após escassas horas de descanso é o mesmo num condutor com uma concentração de álcool no sangue de 0,05%, diz a revisão científica.
Os autores australianos, que se congratulam pelo decréscimo de acidentes causados pela condução sob o efeito de álcool, dizem que 20% dos acidentes rodoviários são causados pelo cansaço do condutor.