Agente da PSP Fábio Guerra condecorado a título póstumo

1 abr 2022, 12:13
Cerimónias fúnebres do agente Fábio Guerra (ANDRÉ KOSTERS/LUSA)

Despacho da ministra da Administração Interna determina condecoração, com a Medalha de Serviços Distintos da PSP, do agente que foi morto à porta de uma discoteca em Lisboa

Fábio Guerra, o agente da PSP que foi agredido até à morte à porta de uma discoteca de Lisboa, durante uma rixa entre fuzileiros, vai ser condecorado a título póstumo com a Medalha  de Serviços Distintos de Segurança Pública, grau ouro.

Num despacho assinado pela ministra da Administração Interna a 22 de março, e publicado esta sexta-feira em Diário da República, Francisca Van Dunem louva o profissionalismo do agente e a forma "altamente meritória, competente e dedicada com que serviu a causa da segurança, da ordem e tranquilidade públicas". 

O despacho de Van Dunem recorda também que "foi com esta vontade de bem servir que, na madrugada do dia 19 de março de 2022, junto a um estabelecimento de diversão noturna, sito na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, o agente Fábio Guerra, acompanhado de três outros camaradas, apesar de não se encontrar de serviço, decidiu, todavia, intervir com o objetivo de fazer cessar agressões em curso entre dois grupos de cidadãos, tendo ele próprio sido vítima de brutal agressão, que viria a causar -lhe a morte". 

Realçando que, apesar da sua juventude, "o agente Fábio Guerra demonstrou ser possuidor de elevada competência técnica e grande capacidade de trabalho, colocando toda a sua generosidade e coragem ao serviço da sua profissão e do trabalho policial", a ministra manda condecorar a título póstumo  "com a Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública, grau ouro, o agente M/157755, Fábio Micael Serra  Guerra, da Polícia de Segurança Pública". 

Recorde-se que o juiz Carlos Alexandre decretou prisão preventiva para os dois fuzileiros suspeitos de terem matado o agente Fábio Guerra junto à discoteca MOME, em Lisboa. 

A Polícia Judiciária procura ainda um terceiro homem suspeito de ter participado no homicídio do agente. É conhecido dos dois fuzileiros detidos e viu o pai ser morto em 2020, numa troca de tiros com a GNR. Terá reagido com mais violência após Fábio Guerra e os colegas se terem identificado à porta da discoteca como polícias. Espanha também já emitiu um alerta, admitindo que o suspeito, identificado como Clóvis Abreu, possa ter fugido para território espanhol.

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