Não existe parecer mas existe tecnologia obsoleta: documentos que fundamentam despedimento dos ex-presidentes da TAP enviados em CD que não abre

CNN Portugal , Notícia corrigida às 22:49
26 abr 2023, 21:00
O ministro das Finanças, Fernando Medina, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva. (Lusa/António Cotrim)

Num tempo em que a esmagadora maioria dos computadores não tem leitor de CD, foi decidido enviar nesse formato a documentação em causa

Jorge Seguro Sanches, presidente da comissão parlamentar de Inquérito à gestão da TAP, confirmou a chegada dos documentos pedidos a Fernando Medina que alegadamente fundamentam o despedimento por justa causa dos ex-presidentes da TAP Christine Ourmières-Widener (ex-CEO) e Manuel Beja (ex-chairman). Os deputados revelaram que a informação, enviada pelo Gabinete Nacional de Segurança, chegou em... CD.

“Tenho a informação de que chegou a informação à comissão. Como poderá compreender, em função de estarmos todos nas audições, ainda não sei exatamente o quê, em que condições e com que classificação chegou. Mas chegou a informação, como é evidente”, informou Jorge Seguro Sanches.

A promessa do envio dos documentos foi feita pelo próprio ministro das Finanças. E agora foram enviados "documentos" - plural -  depois de se ter discutido durante várias dias a necessidade de a comissão receber um parecer - singular - sobre os despedimentos - parecer esse que membros do Governo disseram que existia mas que se recusaram a enviar para a comissão enquanto um ministro dizia que esse parecer não existia. 

Duas ministras - Ana Catarina Mendes e Mariana Vieira da Silva - afirmaram inicialmente que o parecer não podia ser dado porque a sua divulgação “envolve riscos na defesa jurídica da posição do Estado” mas depois Fernando Medina afirmou que o parecer não existe e que não tinha percebido quem alimentou a ideia de que existia.

Inicialmente a CNN Portugal referiu que o CD foi enviado pelo Governo, mas a documentação foi enviada pelo Gabinete Nacional de Segurança

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