Comissão Europeia proíbe funcionários de utilizarem a aplicação TikTok nos seus dispositivos

23 fev 2023, 11:07
TikTok

A rede social já reagiu à decisão de Bruxelas, afirmando que já contactou o executivo comunitário para "esclarecer as coisas"

O departamento de informática da Comissão Europeia pediu a todos os funcionários que desinstalassem a rede social TikTok dos seus dispositivos, justificando a decisão com preocupações de segurança dos dados.

"Para reforçar a cibersegurança, o Conselho de Administração da Comissão Europeia decidiu suspender o uso da aplicação Tik Tok nos seus dispositivos corporativos e dispositivos pessoais registados no serviços de dispositivos móveis da Comissão", pode ler-se em comunicado divulgado pelo executivo comunitário.

Esta medida visa proteger os dados e os sistemas informáticos da Comissão Europeia de potenciais ameaças à cibersegurança. "Os desenvolvimentos de segurança de outras plataformas de redes sociais também serão constantemente revistos", acrescenta-se no documento.

"A Comissão está empenhada em garantir que os seus funcionários estão bem protegido contra o aumento das ameaças à cibersegurança", garante o executivo europeu, na mesma nota.

De acordo com a Euractiv, o Conselho de Administração enviou esta quinta-feira, um e-mail aos seus funcionários a pedir que desinstalem a aplicação o mais rápido possível, estabelecendo um prazo máximo até dia 15 de março. Quem não cumprir, deixará de ter acesso às aplicações corporativas como o e-mail e o Skype, essenciais para o trabalho.

Já no mês passado, a Comissão Europeia ameaçou proibir a utilização do TikTok na União Europeia caso os responsáveis pela rede social não evitassem que os menores tivessem acesso a vídeos “potencialmente mortais". O Congresso norte-americano também proibiu os legisladores e os seus funcionários de instalarem a aplicação nos seus telefones oficiais.

Em novembro do ano passado, a rede social TikTok, desenvolvida pela empresa chinesa ByteDance, admitiu que pode ter acesso aos dados pessoais de milhões de utilizadores espalhados por todo o mundo. Isto depois de uma investigação da revista Forbes que dava conta que a ByteDance estava a utilizar o TikTok para "monitorizar a localização física dos jornalistas utilizando os seus endereços IP". 

A rede social já reagiu à decisão de Bruxelas, classificando-a como uma medida "equívoca". "Estamos desiludidos com esta decisão, que acreditamos ser equívoca e baseada em mal-entendidos fundamentais. Contactámos a Comissão para esclarecer as coisas e explicar que protegemos os dados de 125 milhões de pessoas em toda a União Europeia", argumentou um porta-voz do TikTok, citado pelo Politico.

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