Combustíveis caíram (quase) o que estava previsto. Ainda se lembra de há quanto tempo não estavam tão baratos?

13 dez 2022, 10:54
Preços do combustível continuam a subir (Nicolas Asfouri/AFP via Getty Images)

O preço médio da gasolina e do gasóleo registaram uma forte queda esta segunda-feira. Ainda assim, a descida foi ligeiramente inferior ao previsto

O preço médio da gasolina e do gasóleo começou a descer no fim de semana mas foi esta segunda-feira que registou uma redução mais significativa, tal como estava previsto tendo em conta os preços do petróleo e dos produtos refinados nos mercados internacionais.

Entre a passada sexta-feira e esta segunda-feira, o preço médio do litro da gasolina caiu 6,7 cêntimos e não os sete cêntimos previstos. O preço médio do litro do gasóleo caiu 9,1 cêntimos e não os 9,5 cêntimos previstos. Com estas descidas, o preço médio por litro de gasolina estava a ser vendido na segunda-feira a 1,593 euros e o preço do gasóleo a 1,563 euros por litro.

Olhando para a evolução do preço destes combustíveis em termos históricos, verifica-se que o litro da gasolina já não era vendido a um valor tão baixo desde 30 de maio do ano passado quando o preço era, em média, de 1,589 euros por litro. No caso do gasóleo, o patamar mais baixo de venda foi atingido ainda este ano, a 17 de janeiro, com o preço médio a atingir 1,551 euros por litro.

Na prática, desde que este ano os combustíveis atingiram o seu valor mais alto já se verificou uma forte descida do preço médio de venda ao público. O litro da gasolina atingiu o seu valor mais alto a 10 de junho, atingindo 2,188 euros por litro, quase 60 cêntimos por litro acima do valor da passada segunda-feira. No caso do gasóleo, o ponto máximo foi atingido a 23 de junho ao atingir 2,1 euros por litro, mais 53,7 cêntimos que o preço do início desta semana.

Esta descida resulta de uma redução do preço das matérias-primas nos mercados internacionais, mas também devido às medidas fiscais adotadas pelo Governo.

Na prática, atualmente estão em vigor três medidas que permitem uma redução do preço de venda ao público dos combustíveis: uma descida do ISP equivalente a uma redução do IVA de 23% para 13%; a suspensão da taxa de carbono que incidia sobre os combustíveis e que o Governo diz ter um impacto de cinco cêntimos sobre o preço por litro; e um mecanismo que permite compensar os consumidores pelo IVA que o Estado cobra a mais quando há uma subida do preço dos combustíveis nos mercados internacionais.

Segundo dados do Ministério das Finanças, estas medidas traduzem-se numa redução da carga fiscal equivalente a 27,3 cêntimos por litro de gasóleo e de 24,7 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços de venda ao público do gasóleo e da gasolina atualmente em vigor já são inferiores aos verificados antes do início da invasão da Ucrânia pela Rússia.

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