Em greve estão os supervisores de comando ferroviário e de permanência geral de infraestruturas ferroviárias
A CP - Comboios de Portugal suprimiu 277 das 433 ligações programadas entre as 00:00 e as 10:00 desta terça-feira devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP).
De acordo com o balanço feito pela CP à Lusa, estavam programados 433 comboios e foram efetuados 156, dos quais seis de longo curso, 43 regionais, 68 urbanos de Lisboa e 39 urbanos do Porto.
A CP tinha alertado na segunda-feira para “fortes perturbações na circulação de comboios em todos os serviços” e em todo o país hoje e na quinta-feira devido à greve dos trabalhadores da IP.
Esta manhã o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, disse que “a paralisação está a decorrer como previsto, estando a ser cumpridos os serviços mínimos”.
A greve abrange os perto de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.
Conforme explicou anteriormente Adriano Filipe, em greve estão os supervisores de comando ferroviário e de permanência geral de infraestruturas ferroviárias.
O presidente da Aprofer adiantou que na base da greve está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.
"E, se as coisas não se resolverem, vamos continuar com greves até que se resolvam", avisou o presidente da Aprofer.
A IP já tinha alertado para os efeitos da paralisação.
Também a Fertagus alertou no seu site que, "face à greve anunciada na IP - Infraestruturas de Portugal entre as 00:00 e as 24:00, nos dias 12 e 14 de julho de 2022, encontram-se previstas fortes perturbações na circulação de comboios”.