Exército aumenta controlo médico no curso de Comandos (e inclui despiste a estimulantes)

Agência Lusa , WL
24 nov 2022, 18:07
Militares

Exército vai alargar o curso de 16 para 17 semanas e introduzir mais recursos tecnológicos no despiste do estado de saúde dos formandos. Curso vai ser retomada a 28 de novembro

O Exército vai reforçar o “controlo do estado de saúde” dos militares do curso de Comandos, tanto física como psicológica, e aumentar “a abrangência” de exames médicos, incluindo análises de despiste de substâncias estimulantes ou “narcótico analgésicas”.

Em comunicado, o Exército anunciou que, na sequência da revisão feita ao 138.º curso de Comandos por um grupo de trabalho criado no início deste mês, foi aprovado pelo Chefe do Estado-Maior do ramo o “reforço da monitorização sanitária e controlo do estado de saúde ao longo curso, atualização da gestão de risco e do programa de desenvolvimento de robustez psicológica”.

Foi também decidida a “adequação do faseamento do curso, de modo a garantir a progressividade da formação e a salvaguarda da integridade física, psicológica e sanitária dos formandos, considerando uma fase preparatória para aclimatização, monitorização, testagem e adaptação gradativa dos militares à dinâmica das exigências do curso”.

A duração do curso de Comandos passa de 16 para 17 semanas.

Quanto às “ações de controlo médico”, vai ser aumentada a “abrangência dos exames médicos, nas fases de admissão e de frequência” deste curso, “incluindo testagem serológica para SARS-CoV-2 e análises de despiste de substâncias estimulantes, narcótico analgésicas, anabolizantes, diuréticas e hormonais dos candidatos e formandos”.

O ramo decidiu ainda aumentar o recurso a meios tecnológicos, como sensores biométricos, “para monitorização, segurança e avaliação fisiológica dos formandos, com vista a um maior controlo da imprevisibilidade, de provas que exigem um maior esforço físico e psicológico dos formandos”.

O Exército decidiu ainda aumentar a preparação dos formadores do curso, através de “sessões fundamentais, no âmbito da gestão do risco, fisiologia do esforço, stress térmico e lesões de calor, e de avaliação dos indicadores de stress psicológico em contexto de treino de alta intensidade”.

A equipa do 138.º curso de comandos será reformulada, com o Exército a salientar que não estarão integrados “os três militares aos quais foram instaurados processos disciplinares decorrentes dos acontecimentos ocorridos no início do curso”.

O 138.º curso de Comandos, que estava suspenso depois de várias hospitalizações de militares incluindo a de um formando que necessitou de um transplante de fígado, vai ser reiniciado no próximo dia 28, com 36 formandos que “foram submetidos às ações de controlo médico adequadas”, lê-se na nota.

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