Embrace the future

The world as we want it to be

21 novembro 2022

Myriad Crystal Center, Lisboa

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Abraçar um futuro ainda incerto

Se a incerteza foi a palavra dominante em 2022, a única certeza que temos é de que é preciso preparar o futuro. No primeiro aniversário da CNN Portugal, juntámos em Lisboa um conjunto de oradores de renome, nacionais e internacionais, para debater “o mundo tal como queremos que ele seja”. Pelo Myriad Crystal Center, em Lisboa, passaram ao longo do dia mais de 500 pessoas para assistir à primeira CNN Portugal International Summit que encerrou com um jantar exclusivo, onde o ex-primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, foi o keynote speaker de honra.

 “A Rússia não pode vencer”

Da política, à economia, passando pela defesa, pelas empresas e pela desinformação, a primeira CNN Portugal International Summit, que decorreu a 21 de novembro, em Lisboa, olhou para o mundo tal como o conhecemos e perspetivou o futuro.

Boris Johnson, ex-primeiro ministro britânico esteve em Lisboa a convite da CNN Portugal para falar da guerra da Ucrânia e para as alterações geopolíticas que este conflito está a provocar. Contou os bastidores das suas visitas a Kiev, as conversas que manteve com Volodimir Zelensky e deixou uma mensagem clara a Vladimir Putin: a Rússia não pode vencer esta guerra.

Durante quase duas horas, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido passou em revista os primeiros meses do conflito e acusou ainda a Alemanha, a França e Itália de terem desejado uma vitória rápida de Putin. Declarações que mereceram uma reação imediata da Chancelaria alemã. Boris Johnson falou ainda do contexto económico da europa e do futuro das relações entre o Reino Unido e Portugal.

Já o primeiro-ministro português, António Costa, veio alertar para os riscos que a União Europeia corre em querer acelerar o processo de adesão da Ucrânia, lembrando que tal movimento pode ter consequências no longo prazo. Enquanto a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, quis deixar bem claro que esta é a hora para a Europa saber estar à altura das suas responsabilidades.

“É tudo meu”

Quem também passou por Lisboa foi o consagrado Bob Woodward, diretor-adjunto do Washington Post, por duas vezes vencedor do mais importante prémio de jornalismo – o Pulitzer - e autor de vários livros que se tornaram best sellers.

Numa conversa moderada pelo correspondente da CNN Portugal nos Estados Unidos, Luís Costa Ribas, Bob Woodward revelou parte das oito horas de conversas que manteve com Donald Trump, quando este ocupava a presidência americana. Os áudios, agora divulgados em audiolivro, mostram um Donald Trump absolutamente convencido de que o seu instinto é a melhor forma de governar e incapaz de reconhecer mérito a qualquer outra pessoa, que não a si próprio: “todas as ideias são minhas. É tudo meu”, explicou o ex-presidente americano numa das gravações exibidas na conferência.

Otimistas, pessimistas ou realistas

De Richard Quest, jornalista da CNN especializado em economia, ao ministro das Finanças, Fernando Medina, passando por António Lagartixo, CEO da Deloitte Portugal, terminando em Mário Centeno, Governador do Banco de Portugal, a situação económica europeia e mundial foi, nesta CNN Portugal International Summit analisada sob vários pontos de vista. Se para uns – como o ministro das finanças - a crise económica não é uma inevitabilidade, para outros, ela vai mesmo ser uma realidade. Só faltará saber quando e com que gravidade.

Também Carlos Moedas, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa subiu ao palco para falar do papel crítico que os municípios têm na resposta aos difíceis que se aproximam.

 

Nesta edição

Boris Johnson em Lisboa a convite da CNN Portugal

Foi o primeiro chefe de governo a deslocar-se à Ucrânia depois da invasão russa, onde haveria de voltar mais duas vezes — e, com isso, criar uma amizade com o presidente Volodymyr Zelenksy. Boris Johnson tem sido, ao longo deste ano, uma das vozes mais audíveis na condenação de Vladimir Putin e sobre as consequências da guerra, sejam económicas, políticas ou de segurança para a Europa.

Zelensky chamou-lhe “um grande amigo da Ucrânia” e chegou mesmo a condecorá-lo com a Ordem da Liberdade, a mais alta distinção do Estado ucraniano a um estrangeiro. Isto depois de Boris ter sido dos primeiros chefes de governo a disponibilizarem-se para oferecer ajuda militar à Ucrânia e de ter considerado Putin alguém capaz de “usar táticas bárbaras”, dizendo que “seria louco se usasse armas nucleares”.

Num discurso inédito feito perante o Parlamento ucraniano, Boris Johnson afirmou que “só há um desfecho entre o bem e o mal": "A Ucrânia vai vencer”, garantiu. Numa intervenção em que citou Churchill várias vezes, o então primeiro-ministro do Reino Unido lembrou aos deputados ucranianos que os seus "filhos e netos vão dizer que os ucranianos ensinaram ao mundo que a força bruta de um agressor não conta para nada contra a força moral de um povo determinado em ser livre”.

Até deixar de ser primeiro-ministro do Reino Unido, Johnson quis sempre assumir-se como uma espécie de líder do Ocidente na defesa da Ucrânia — nas intervenções públicas, mas, sobretudo, na ajuda que concedeu àquele país e que se traduziu em 2,4 mil milhões de libras (mais de dois mil e 700 milhões de euros). E foi, ainda, dos primeiros chefes de Estado a avançar com várias sanções à Rússia, depois da invasão a 24 de fevereiro deste ano. Isso acabou por lhe valer o título de inimigo n.º 1 do Kremlin.

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Boris Johnson

Que mundo queremos?

Depois da pandemia, a Guerra. As disrupções na geopolítica mundial, na economia, nas sociedades sucedem-se e a incerteza tornou-se uma das poucas certezas que temos. A outra – certeza – é de que temos um futuro para construir.

A 22 de novembro de 2022 passam exatamente 275 dias desde que a Rússia decidiu invadir a Ucrânia, violando todos os tratados internacionais. Desde então, esta guerra já fez milhares de mortos, provocou um êxodo migratório que não se via desde a II Guerra Mundial e tem deixado um cenário de destruição avassalador.

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