Quatro palestinianos mortos e 19 feridos em ataques israelitas na Cisjordânia ocupada

Agência Lusa , DCT
25 out 2022, 06:33
Forças israelitas

Desde o início do mês, 23 palestinianos e dois soldados israelitas foram mortos, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP)

Quatro palestinianos morreram e 19 ficaram feridos esta terça-feira em ataques das forças israelitas na Cisjordânia ocupada, informou o Ministério da Saúde palestiniano.

O exército israelita não comentou imediatamente o número de mortos, mas confirmou que estava a conduzir uma operação noturna em Nablus.

O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, está a estabelecer "contactos urgentes a fim de pôr fim a esta agressão" em Nablus, disse o seu porta-voz, Nabil Abu Rudeinah, em comunicado.

Nas últimas semanas, um grupo de jovens combatentes palestinianos - alguns filiados em grupos como a Fatah, Hamas e Jihad Islâmica - começou a realizar operações anti-israelitas a partir de Nablus, uma grande cidade na Cisjordânia ocupada.

A violência aumentou nos últimos meses no território palestiniano ocupado desde 1967 pelo Estado hebreu, especialmente nas áreas de Nablus e Jenin, bastiões de grupos armados onde os soldados israelitas reforçaram as operações na sequência de ataques mortais anti-israelitas desde março.

Estes ataques, frequentemente acompanhados de confrontos com a população palestiniana, resultaram em mais de 100 mortes no lado palestiniano, o maior número de mortos na Cisjordânia durante quase sete anos, de acordo com a ONU.

Desde o início do mês, 23 palestinianos e dois soldados israelitas foram mortos, avançou a agência de notícias France-Presse (AFP).

A organização de direitos humanos Amnistia Internacional pediu hoje uma investigação pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre possíveis "crimes de guerra" cometidos por Israel e combatentes palestinianos durante a escalada de violência na Faixa de Gaza em agosto.

Pelo menos 49 palestinianos, incluindo combatentes, mas também civis e crianças, morreram entre 05 e 07 de agosto num confronto entre o exército israelita e o grupo Jihad Islâmica em Gaza, um enclave sob bloqueio israelita desde 2007 e separado política e geograficamente da Cisjordânia.

A organização analisou três incidentes em particular, dois atribuídos às forças israelitas e um às fações palestinianas.

"Os três ataques mortais que examinámos devem ser investigados como crimes de guerra e todas as vítimas de ataques ilegais e os seus familiares devem receber justiça e reparação", disse na terça-feira a secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnes Callamard.

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