MP acusa responsáveis da W52-FC Porto de elaborarem esquema de dopagem

13 jan 2023, 19:00
W52-FC Porto

Adriano Quintanilha rejeita «veemente» a acusação do Ministério Público

O Ministério Público acusa Nuno Ribeiro, Adriano Quintanilha e o diretor geral Hugo Veloso de terem elaborado «um esquema» de dopagem na W52-FC Porto, para «aumentarem a rentabilidade» dos ciclistas, segundo a acusação a que a Lusa teve acesso. O proprietário da equipa diz que as acusações carecem de fundamento.

Adriano Quintanilha, patrão da W52-FC Porto, rejeitou «veemente» a acusação do Ministério Público (MP), que o aponta como um dos mentores de um esquema de dopagem naquela equipa de ciclismo, considerando que carece de «fundamentos».

«Venho, por este meio, rejeitar veementemente a acusação contra mim deduzida que, em bom rigor, carece em absoluto de fundamentos, inexistindo qualquer meio de prova capaz de a sustentar, o que na sede própria ficará cabalmente demonstrado», defende Adriano Quintanilha, em comunicado enviado às redações.

O dono da W52-FC Porto considera que a acusação do MP «assenta em presunções desfasadas da verdade, seguindo raciocínios pouco lógicos e que […] não encontram sustento na prova que foi carreada para tais autos ao longo da investigação».

O Ministério Público acusa Adriano Quintanilha, Nuno Ribeiro, diretor desportivo da equipa à data da operação «Prova Limpa», e o contabilista e diretor geral Hugo Veloso de terem elaborado «um esquema» de dopagem na W52-FC Porto, para «aumentarem a rentabilidade» dos ciclistas.

De acordo com o despacho, que acusa 26 arguidos de tráfico de substâncias e métodos proibidos e, desses, 14 de administração de substância e métodos proibidos, no âmbito da operação Prova Limpa, Quintanilha, Ribeiro e Veloso terão formulado, «pelo menos desde o ano de 2020», o propósito «de aumentarem a rentabilidade dos seus ciclistas […] com o intuito de obterem melhores resultados».

Assim, «na prossecução do seu desígnio», os três arguidos «elaboraram um esquema mediante o qual os ciclistas por si dirigidos», dez deles também arguidos neste processo, «passariam a utilizar práticas dopantes, designadamente o recurso persistente à manipulação sanguínea, o que constitui um método proibido, bem como a administração e consumo de substâncias proibidas».

Os três arguidos estão acusados dos crimes de tráfico e administração de substâncias e métodos proibidos.

«Sem prejuízo, mantenho-me, como sempre, colaborante com as autoridades, reforçando a minha confiança nas instituições judiciais às quais caberá analisar a inépcia da Acusação Pública contra mim deduzida e, por conseguinte, provar a minha inocência», termina o comunicado assinado pelo dirigente.

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