António Morgado: «Senti que era o mais forte, queria ser campeão»

25 set 2022, 15:52
António Morgado, vice-campeão mundial de juniores (AP)

Ciclista português ainda «frustrado» por ter falhado o ouro na prova de fundo de juniores dos Mundiais de Wollongong

O português António Morgado, que conquistou a medalha de prata na prova de fundo de juniores dos Mundiais de Wollongong, Austrália, admitiu que se precipitou no spint, já que sentia que era o ciclista mais forte.

«Muito orgulho, é um feito histórico. [Mas] eu queria mais, queria ser campeão», disse o vice-campeão mundial, à chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Os juniores lusos tinham à espera familiares e amigos e foram recebidos com palmas. De medalha ao peito e com «cara de sono», António Morgado reconheceu que continua «frustrado» por ter perdido a camisola arco-íris para o alemão Emil Herzog.

«Queria ganhar. Senti que era o mais forte dentro da corrida, senti que tinha tudo para ganhar. O sprint não me favoreceu, joguei mal também no sprint, saí muito cedo. Continuo frustrado, mas temos de aceitar», sublinhou.

O jovem português de 18 anos destacou-se a 18 quilómetros da meta, mas foi apanhado pelo ciclista alemão a três quilómetros da chegada, com Herzog a superiorizar-se no final

«Sabia que estava bem fisicamente, que tinha preparado a corrida como nunca preparei nenhuma, era o objetivo do ano. Abdiquei de muita coisa para estar bem lá. Sabia que estava bem, mas não sabia que estava tão bem. Dentro da corrida, apercebi-me que estava mais forte do que os adversários. Sabia que, se quisesse ganhar, teria de chegar isolado. Tentei fazê-lo, mas houve um corredor mais forte», realçou.

«Quero agradecer à Federação [Portuguesa de Ciclismo] por todo o apoio, por tudo o que têm feito. Foi uma planificação perfeita este ano, levaram-me às corridas importantes e planeámos bem o Mundial», considerou.

Esta foi uma boa temporada para o ciclista natural das Caldas da Rainha, que venceu ainda a Volta a Portugal de juniores, o Giro della Lunigiana, em Itália, e a Volta ao Douro em Espanha, além de ter sido segundo no Troféu Centre Morbihan, na Corrida da Paz e na Gipuzkoa Klasikoa, e quarto na Volta ao Pays de Vaud.

«[A fasquia] está elevada, mas para o ano é um ano diferente. É o primeiro de sub-23, vai ser um ano de adaptação», notou, assumindo que vai tentar «ganhar algumas corridas».

Relacionados

Patrocinados