Segundo dados oficiais do município de Salvador, choveu seis vezes mais do que o esperado para este mês
É um cenário sem precedentes na Baía: as cheias dos últimos dias deixaram debaixo de água, total e parcialmente, 58 municípios do estado do nordeste do Brasil, deixando sem teto mais de 20.000 pessoas.
Desde o início do mês, o mau tempo na região já causou 20 mortos, dois desaparecidos e perto de 300 feridos, afetando um total de mais de 430.000 pessoas.
O número de cidades em situação de emergência subiu, no domingo, de 47 para 72.
O governador da Baía, Rui Costa, diz que nunca se viu uma tragédia desta dimensão.
"Já tivemos tragédias muito severas, que levaram vidas de pessoas, mas localizadas em uma ou duas cidades. Estamos a falar de 58 cidades que estavam parcialmente ou totalmente submersas, com comunidades inteiras rurais e urbanas debaixo de água. Vai desde a região sul, no Vale do Jiquiriçá, até à região de Jequié. Hoje, quatro cidades do oeste da Baía também registaram cheias”, disse em entrevista à CNN Brasil.
"Seja pela quantidade de casas, número de cidades ou extensão territorial. Para se ter uma ideia, terminámos o dia com nove helicópteros no ar”, exemplificou ainda Rui Costa.
No terreno estão mais de 160 operacionais, além de dezenas de civis e voluntários. Um total de 10 aparelhos aéreos chegou a ser mobilizado para as ações de resgate, além de nove embarcações.
Segundo, ainda, dados oficiais do município de Salvador, o mais populoso da Baía, choveu seis vezes mais do que o esperado para este mês.
Esta situação causou também o rebentamento de da barragem de Iguá na noite de sábado, mas, apesar do aparato, não se registaram vítimas nem prejuízos de monta.
