CEO da TAP diz que “não escolheria” uma low-cost para slots. Ryanair responde e oferece-lhe um ano de viagens

12 abr 2022, 23:55
Michael O'Leary, CEO da Ryanair

Em causa, estão as declarações de Christine Ourmières-Widener, que revelou que não tem dúvidas de que “não escolheria” uma companhia low-cost para ficar com os 18 slots que a TAP tem de ceder no aeroporto de Lisboa

Depois de Christine Ourmières-Widener ter defendido que “não haver um aumento das low-cost poderá beneficiar a economia em geral” e que não tem dúvidas de que “não escolheria” uma companhia low-cost para ficar com os 18 slots que a TAP tem de ceder no aeroporto de Lisboa, Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, pediu esclarecimentos à CEO da TAP e deixou ainda um convite: se conseguir explicar a Ryanair oferece-lhe voos gratuitos durante um ano.

Se a CEO da TAP puder explicar porque é que as tarifas elevadas e os milhares de milhões de Auxílios Estatais são ‘melhores’ para os cidadãos portugueses, então dar-lhe-emos voos gratuitos da Ryanair durante um ano!!!”, lê-se num comunicado.

Numa nota enviada esta terça-feira às redações, Michael O’Leary não se acanha nas palavras e acusa a CEO da TAP de não ter “uma noção da realidade ou economia”, pedindo que explique “as suas espantosas (e claramente falsas) alegações de que as companhias aéreas low-cost em Lisboa ‘prejudicariam a economia portuguesa’”. 

Em causa, estão as declarações de Christine Ourmières-Widener ao Jornal de Negócios, em que revelou que não tem dúvidas de que “não escolheria” uma companhia low-cost para as slots que ficarão por preencher no aeroporto de Lisboa, até porque, garante, um aumento das companhias de baixo custo seria prejudicial para a economia portuguesa.

No e-mail enviado às redações, Michael O’Leary garante que “as tarifas low-cost da Ryanair estão a impulsionar o crescimento e a recuperação das viagens aéreas, turismo e emprego no Porto, em Faro, em Ponta Delgada e, mais recentemente, no Funchal” e que a sua transportadora “acredita que um reembolso fiscal de 300 euros a cada cidadão em Portugal teria sido uma melhor utilização destes fundos dos contribuintes, em vez de desperdiçar biliões do dinheiro dos contribuintes na TAP, liderada pela Sra. Ourmières”.

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