O conflito na Ucrânia aumenta as preocupações com o crescimento económico global face aos planos da Reserva Federal norte-americana e de outros bancos centrais para combater a inflação crescente através do aumento das taxas de juro
As bolsas asiáticas caíram esta quarta-feira e os preços do petróleo subiram mais de cinco dólares (4,5 euros) por barril à medida que as forças russas intensificavam os ataques às cidades ucranianas.
A queda registou-se em Xangai, Tóquio, Hong Kong e mercados do Sudeste Asiático, com ganhos em Seul e praticamente sem alterações em Sydney.
O índice de referência em Wall Street, o S&P 500, perdeu 1,5% na terça-feira, aprofundando uma derrapagem de dois meses.
O conflito na Ucrânia aumenta as preocupações com o crescimento económico global face aos planos da Reserva Federal norte-americana e de outros bancos centrais para combater a inflação crescente através do aumento das taxas de juro.
Os preços do petróleo subiram apesar de um acordo dos Estados Unidos e outros grandes governos na Agência Internacional de Energia para libertar 60 milhões de barris de reservas estratégicas de forma a estabilizar o abastecimento.
Barril de petróleo Brent supera os 110 dólares
O barril de petróleo Brent para entrega em maio continua hoje a subir, para 110,03 dólares, no mercado de futuro de Londres, novo máximo desde julho de 2014.
Durante esta madrugada, o Brent, o petróleo de referência da Europa, chegou a ultrapassar os 111 dólares.
O medo de uma crise global de abastecimento de petróleo após a invasão da Ucrânia pela Rússia fez disparar o preço do petróleo bruto, que no dia anterior subiu mais 3,94%.
Na segunda-feira, o preço do petróleo bruto subiu fortemente, mais 3,94%.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo