Bolsas asiáticas em queda e preço do petróleo continua a subir

Agência Lusa , BCE
2 mar 2022, 07:19
Mercados

O conflito na Ucrânia aumenta as preocupações com o crescimento económico global face aos planos da Reserva Federal norte-americana e de outros bancos centrais para combater a inflação crescente através do aumento das taxas de juro

As bolsas asiáticas caíram esta quarta-feira e os preços do petróleo subiram mais de cinco dólares (4,5 euros) por barril à medida que as forças russas intensificavam os ataques às cidades ucranianas.

A queda registou-se em Xangai, Tóquio, Hong Kong e mercados do Sudeste Asiático, com ganhos em Seul e praticamente sem alterações em Sydney.

O índice de referência em Wall Street, o S&P 500, perdeu 1,5% na terça-feira, aprofundando uma derrapagem de dois meses.

O conflito na Ucrânia aumenta as preocupações com o crescimento económico global face aos planos da Reserva Federal norte-americana e de outros bancos centrais para combater a inflação crescente através do aumento das taxas de juro.

Os preços do petróleo subiram apesar de um acordo dos Estados Unidos e outros grandes governos na Agência Internacional de Energia para libertar 60 milhões de barris de reservas estratégicas de forma a estabilizar o abastecimento.

Barril de petróleo Brent supera os 110 dólares

O barril de petróleo Brent para entrega em maio continua hoje a subir, para 110,03 dólares, no mercado de futuro de Londres, novo máximo desde julho de 2014.

Durante esta madrugada, o Brent, o petróleo de referência da Europa, chegou a ultrapassar os 111 dólares.

O medo de uma crise global de abastecimento de petróleo após a invasão da Ucrânia pela Rússia fez disparar o preço do petróleo bruto, que no dia anterior subiu mais 3,94%.

Na segunda-feira, o preço do petróleo bruto subiu fortemente, mais 3,94%.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo

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