Principal órgão de segurança da China quer "repressão" das "forças hostis" que procuram "quebrar a ordem social"

Agência Lusa , CF
29 nov 2022, 18:21
Protestos em Xangai (AP Photo)

Entidade que supervisiona as autoridades policiais do país diz ser necessário "proteger com determinação a estabilidade social", comprometida pelo movimento de protesto mais generalizado desde 1989

O principal órgão de segurança da China apelou esta terça-feira à "repressão" das "forças hostis", após os protestos dos últimos dias nas principais cidades chinesas contra as restrições sanitárias e limitações das liberdades individuais.

A Comissão de Assuntos Políticos e Jurídicos do Partido Comunista, no poder, entidade que supervisiona as autoridades policiais do país, disse ser "necessário reprimir as atividades de infiltração e sabotagem de forças hostis, de acordo com a lei".

Esta posição consta das atas de uma reunião, divulgada pela agência de notícias estatal Xinhua.

O texto considera fundamental "reprimir resolutamente e de acordo com a lei ações criminosas que procuram quebrar a ordem social e proteger com determinação a estabilidade social".

Em vigor há quase três anos, a política chinesa de ‘covid zero’ foi este fim de semana contestada em manifestações em várias cidades, no movimento de protesto mais generalizado desde as duras mobilizações pró-democracia reprimidas em 1989.

Um forte destacamento policial nas principais cidades do país, incluindo a capital que foi praticamente cercada, parece entretanto ter dissuadido os manifestantes desde segunda-feira, de acordo com jornalistas da AFP em Pequim e Xangai.

Ao abrigo da política de ‘zero casos’ de covid-19, a China impõe o bloqueio de bairros ou cidades inteiras, a realização constante de testes em massa e o isolamento de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos em instalações designadas, muitas vezes em condições degradantes.

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