Governo português autorizou venda do Chelsea: receitas vão ser usadas para fins humanitários

Agência Lusa , CE
26 mai 2022, 08:10
Stamford Bridge, estádio do Chelsea

A posição do Governo português conta com a concordância da Comissão Europeia

O Governo português deu autorização à venda do Chelsea Football Club por Romam Abramovich, cidadão russo com passaporte português, e as receitas serão usadas para fins humanitários.

Em comunicado, o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros explica que as duas autoridades nacionais competentes - Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério das Finanças - deram luz verde ao pedido recebido da parte de Roman Abramovich "para uma derrogação humanitária, permitindo que o clube inglês seja transacionado".

"A autorização portuguesa decorre da garantia dada pelas autoridades britânicas de que as receitas da venda serão utilizadas para fins humanitários, não beneficiando direta ou indiretamente o proprietário do clube, que consta da lista de sanções da União Europeia", acrescenta a nota.

A posição do Governo português conta com a concordância da Comissão Europeia, adianta o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Portugal tinha recebido na noite de terça-feira uma carta do russo Roman Abramovich, que tem passaporte português, pedindo autorização para a venda do clube de futebol inglês Chelsea.

A venda do Chelsea, ainda detido por Abramovich e alvo de sanções ligadas à invasão da Ucrânia pela Rússia, a um consórcio liderado pelo bilionário norte-americano Todd Boehly, tinha sido comunicada no dia 7 de maio.

O clube britânico, terceiro colocado na última edição da Premier League, atua com algumas limitações precisamente pr causa destas sanções.

Neste momento, o Chelsea opera com uma autorização especial que expira em 31 de maio e que lhe permite realizar determinadas operações, como receber dinheiro por direitos televisivos e vender ingressos para determinadas partidas.

Os londrinos tinham anunciado a 7 de maio que o grupo liderado por Boehly iria adquirir o Chelsea por 4,25 mil milhões de libras (4,9 mil milhões de euros). A aquisição foi aprovada pela Liga inglesa de futebol na terça-feira.

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