Presidente do Algés e Dafundo: «Estamos a tentar que o clube não afunde»

13 dez 2022, 17:18
Túnel da estação de Algés encerrado devido às chuvas no distrito de Lisboa. (Tiago Petinga/Lusa)

António Bessone Basto diz que prejuízos devido às cheias são de centenas de milhares de euros e não sabe quando é que a atividade no clube será retomada. E lança apelo ao Governo

O presidente do Sport Algés e Dafundo calculou prejuízos de centenas de milhares de euros em consequència dos estragos nesta madrugada.

«Temos um prejuízo... 500 mil euros não chegam para pôr o Algés em andamento. É o chão a levantar, os azulejos da piscina a saltar, máquinas e extintores avariados, a parte elétrica e motores destruídos... é uma catásfrofe», disse António Bessone Basto em declarações à Lusa.

A atividade do clube histórico está nesta altura em suspenso e a reativação só será conseguida com o apoio de muita gente. «Não pode ser só a câmara de Oeiras a ajudar, com os milhões que já investiu nos últimos 30 anos. O Estado tem de perceber que o Algés é o terceiro clube com mais atletas olímpicos e também precisa do seu apoio. O Estado não pode aparecer apenas nos grandes resultados», apontou.

Instituição centenária, o Sport Algés e Dafundo tem cerca de 2.000 praticantes nas diversas modalidades, além de perto de 70 funcionários cujo bem estar, vincou Bessone Basto, é uma prioridade para a direção. «Ainda não vi ninguém do governo aqui na rua. As pessoas também precisam de ser acarinhadas. Estamos aqui por amor, não somos profissionais. Estamos a tentar que o clube não se afunde», desabafou ainda o presidente e filho do fundador da instituição.

Nesta terça-feira, a água subiu mais de três metros e danificou também os ginásios, pelo que o Sport Algés e Dafundo precisará também de encontrar alternativas na zona para que os seus atletas possam manter-se em atividade. Bessone Basto teme que situações como esta voltem a acontecer após a recuperação das infraestruturas, o que deitará por terra o trabalho de recuperação feito numa zona crítica junto à capital. «Este é um sítio onde já não deveríamos estar. Algés sofre muito com as cheias e o clube também. Mas, sair para onde? É tudo muito caro…», constatou dirigente de 77 anos.

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