Chega engana-se e copia nome do Bloco em projeto de resolução

Cláudia Évora , Notícia atualizada às 10:47 com a reação do Chega
20 jun 2022, 10:04
André Ventura (Lusa/António Pedro Santos)

Desde o fim de semana que o documento tem circulado nas redes sociais e algumas figuras da política já reagiram

O grupo parlamentar do Chega deu entrada, na Assembleia da República, a um projeto de resolução sobre a dívida na Ucrânia, mas enganou-se e, no sexto parágrafo, surge o nome do Bloco de Esquerda. Aparentemente, quem elaborou o documento terá copiado aquele excerto de propostas anteriores do Bloco, tendo-se esquecido de corrigir o nome do partido. 

"Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda propõe que a Assembleia da República recomende ao Governo que", lê-se no projeto de resolução do dia 15 de junho que pede uma "Moratória de 20 anos no Pagamento da Dívida Externa da Ucrânia" e ainda a "responsabilização da Rússia". 

Numa resposta à CNN Portugal, a assessoria do grupo parlamentar do Chega disse que se tratou "de um lapso na redação final" do documento que "como é facilmente perceptível (...) nada tem a ver com o do Bloco de Esquerda sobre esta matéria e vai num sentido diferente". 

Desde o fim de semana que o documento tem circulado nas redes sociais e algumas figuras da política já reagiram. É o caso de José Gusmão, eurodeputado e dirigente do Bloco de Esquerda. "A lei do menor esforço", escreveu no Twitter. Mariana Mortágua retweetou. 

Numa resposta a esta publicação, o eurodeputado independente Francisco Guerreiro escreveu: "E ainda estão a receber apoio jurídico de ex-legisladores. Bonito serviço". Uma clara referência à ex-colega de partido Cristina Rodrigues que, tal como Francisco, deixou o PAN. Cristina Rodrigues é atualmente assessora do Chega

Também no Twitter, o social-democrata Duarte Marques achou o lapso "maravilhoso". 

Os restantes utilizadores têm acusado o partido liderado por André Ventura de plágio, utilizando frases sarcásticas como: "Não sei se já vos disse que é relativamente fácil apanhar cábulas em exames?"; "Um bando de calões do copy & paste"; "É que nem para copiar servem..."; ou ainda "O plágio é crime".

De referir que o projeto de resolução do Bloco de Esquerda foi entregue no Parlamento a 6 de abril. 

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