O presidente do partido, André Ventura, comunicou esta sexta-feira ao Presidente da República e ao presidente da Assembleia da Repúblicade avançar com moção de censura. Chega reclama substituição dos ministros da Saúde e das Infraestruturas
O Chega informou, esta sexta-feira, o Presidente da República e o presidente da Assembleia da República que vai avançar com uma moção de censura ao Governo. A informação foi avançada pelo próprio presidente do partido, André Ventura.
“O Chega reuniu ontem o grupo parlamentar para discutir a apresentação de uma moção de censura ao atual Governo socialista e decidimos, depois de alguma discussão e alguma análise interna, avançar com uma moção de censura”, afirmou André Ventura.
O partido de André Ventura justifica a decisão com os problemas no Sistema Nacional de Saúde, uma dituação agravada com a crise política provocada pela revogação de António Costa ao despacho do Ministério das Infrastruturas sobre o novo aeroporto. André Ventura justificou ainda a apresentação de moção de censura com as opções do Governo face ao aumento dos preços dos combustíveis.
“Se forem substituídos os ministros da Saúde e das Infraestruturas, o Chega retirará a moção de censura”, declarou André Ventura numa conferência de imprensa na Assembleia da República no dia em que começa o 40.º Congresso do PSD e em que, por esse motivo, não há trabalhos parlamentares.
A moção de censura é uma iniciativa parlamentar que visa reprovar o programa de um Governo ou a gestão feita de um assunto relevante. Pode ser apresentada por um quarto dos deputados em efetividade de funções ou por qualquer grupo parlamentar. A aprovação de uma moção de censura requer maioria absoluta e implica a demissão do Governo.
À partida a moção apresentada pelo Chega estará condenada à nascença, já que o Governo socialista detém a maioria parlamentar. Se for chumbada, o grupo parlamentar do Chega não poderá apresentar outra moção de censura nesta sessão legislativa.