Legislativas. André Ventura aponta para bancada com 15 a 25 deputados

14 dez 2021, 16:59
André Ventura

Líder do Chega quer ser terceira força política nas próximas legislativas e assume que quer tirar votos descontentes do PSD e do CDS

O objetivo está traçado e André Ventura assume que é ambicioso: nas eleições de 30 de janeiro quer conquistar uma bancada parlamentar com 15 a 25 deputados, tendo em conta as mais recentes sondagens e os resultados que teve, por distrito, nas eleições presidenciais de janeiro deste ano.

Numa conferência de imprensa para apresentar alguns dos candidatos do partido nas legislativas, o presidente do Chega assume que quer ir buscar votos à abstenção, mas sobretudo aos “órfãos” do PSD e CDS.

Com um apelo aos abstencionistas e aos que deixaram de acreditar em PS e PSD, quis falar em concreto  para os que considera “os órfãos do PSD e do CDS, aqueles que votaram em Pedro Passos Coelho, Cavaco Silva ou Durão Barroso, em Paulo Portas ou Manuel Monteiro”. Esses eleitores, considera Ventura, têm uma única opção, que é o Chega, e é para esses que falará até 30 de janeiro, promete.

“Nós somos ambiciosos, para nós não há meias vitórias nem meias derrotas”, afirmou André Ventura, acrescentando que, se não conseguir ser a terceira força política, será para si “uma derrota”.

Questionado sobre que consequências terá um resultado onde essas ambições não se concretizem, o líder do Chega, que será o número 1 por Lisboa, mostra-se convicto de que o resultado é alcançável, mas diz que se conseguisse apenas um resultado igual ao de 2019 ou apenas mais um deputado então sairia da liderança do partido.

Administração Interna, Justiça, Segurança Social e área fiscal são as quatro áreas onde o Chega  quer ter uma palavra decisiva na próxima legislatura e dessas prioridades dependerá o apoio ou a rejeição de um futuro governo, avisa André Ventura. 

André Ventura obteve quase 500 mil votos nas presidenciais deste ano, o que equivale a uma percentagem de 11,90%. Foi o terceiro candidato mais votado, logo a seguir a Ana Gomes (12,97%, com cerca de 540 mil votos) e a Marcelo Rebelo de Sousa, eleito presidente com 60,70% (cerca de 2,5 milhões de votos).

O Chega obteve 208.232 votos nas autárquicas deste ano, tendo ficado à frente dos cerca de 137 mil votos do Bloco de Esquerda. O Chega obteve 19 mandatos e o Bloco teve quatro. O PS foi o partido mais votado, com cerca de 1,7 milhões de votos.

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