A tecnologia por detrás do ChatGPT está prestes a tornar-se ainda mais poderosa

CNN , Samantha Murphy Kelly
17 mar 2023, 08:29
Quase quatro meses após a OpenAI ter atordoado a indústria tecnológica com o ChatGPT, a startup está a lançar a próxima geração da tecnologia que alimenta o chatbot viral. Foto: Adobe Stock

GPT-4 é a versão mais recente do modelo da OpenAI de linguagem em larga escala

Quase quatro meses após a OpenAI ter atordoado a indústria tecnológica com o ChatGPT, a startup está a lançar a próxima geração da tecnologia que alimenta o chatbot viral.

Numa publicação num blogue, a OpenAI revelou o GPT-4, que a empresa diz ser capaz de executar bem uma série de testes padronizados e que é também menos provável que "saia dos limites" com as suas respostas, como alguns utilizadores já relataram ter acontecido.

A OpenAI disse que a tecnologia actualizada passou num exame simulado de Direito com uma pontuação que está entre as 10% classificações mais altas entre quem faz o exame; em contraste, a versão anterior, GPT-3.5, teve uma pontuação em torno das 10% mais baixas. O GPT-4 também pode ler, analisar ou gerar até 25.000 palavras num texto, e escrever código em todas as principais linguagens de programação, de acordo com a empresa.

A OpenAI descreveu a atualização como o "mais recente marco" da empresa. Embora ainda seja "menos capaz" do que os humanos em muitos cenários do mundo real, exibe "desempenho ao nível dos humanos em vários indicadores profissionais e académicos", de acordo com a empresa.

GPT-4 é a versão mais recente do modelo da OpenAI de linguagem em larga escala, que é treinado com grandes quantidades de dados online para gerar respostas estimulantes aos pedidos dos utilizadores. A versão atualizada, que está agora disponível através de uma lista de espera, já está a entrar em alguns produtos de terceiros, incluindo o Bing alimentado por inteligência artificial da Microsoft.

"Temos o prazer de confirmar que o novo Bing está a funcionar no GPT-4, que personalizámos para a pesquisa", disse a Microsoft na terça-feira. "Se utilizou o novo Bing nas últimas cinco semanas, já experimentou uma versão inicial deste poderoso modelo."

Embora o ChatGPT tenha impressionado muitos utilizadores com a sua capacidade de gerar ensaios originais, histórias e letras de canções a pedido dos utilizadores desde o seu lançamento em novembro de 2022, também tem levantado algumas preocupações. Os chatbots de Inteligência Artificial (AI), incluindo ferramentas da Microsoft e Google, têm sido denunciados nas últimas semanas por serem emocionalmente reativos, cometerem erros factuais e envolverem-se em verdadeiras "alucinações", como a indústria lhes chama.

O GPT-4 tem limitações semelhantes aos anteriores modelos GPT. "Ainda tem falhas, ainda é limitado, e ainda parece mais impressionante na primeira utilização do que depois de se passar mais tempo com ele", escreveu Sam Altman, CEO da OpenAI, numa série de tweets na terça-feira a anunciar a atualização.

Mas há melhorias notáveis, disse. "É mais criativo do que os modelos anteriores, alucina significativamente menos, e é menos tendencioso".

Ainda assim, disse a empresa, "deve ter-se muito cuidado quando se utilizam resultados de modelos linguísticos, particularmente em contextos de alto risco".

A notícia chega duas semanas depois de a OpenAI ter anunciado que está a abrir o acesso à sua ferramenta ChatGPT a empresas terceiras, abrindo caminho para que o chatbot seja integrado em numerosas aplicações e serviços.

Instacart, Snap e a app de estudo Quizlet estão entre os primeiros parceiros que vão experimentar a ferramenta. Em janeiro, a Microsoft confirmou que está a fazer um investimento "multibilionário" na OpenAI e, desde então, aplicou a tecnologia em alguns dos seus produtos, incluindo o seu motor de busca Bing.

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