O último dia da Assembleia Geral das Nações Unidas ficou marcado por um duro discurso do presidente do Conselho Europeu contra a Rússia. Mas não só.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, pediu a suspensão da Rússia do Conselho de Segurança das Nações Unidas por ter iniciado "uma guerra não provocada e injustificável".
Num discurso no quarto e último dia da Assembleia Geral da ONU, Charles Michel, em representação da União Europeia (UE), endereçou as críticas também à própria ONU por permitir que a Rússia continue a participar na reunião, apesar da invasão à Ucrânia.
“Quando um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas inicia uma guerra não provocada e injustificável, uma guerra condenada pela Assembleia Geral da ONU, a sua suspensão do Conselho de Segurança deve ser automática”, defendeu Charles Michel, acrescentando que o Kremlin está a tentar “mobilizar o mundo inteiro contra um inimigo imaginário”.
When a permanent member of the United Nations Security Council starts an unprovoked and unjustifiable war, a war condemned by the UN General Assembly, its suspension from the Security Council should be automatic.#UNGA #UNGA77 pic.twitter.com/aJgt7DV5H1
— Charles Michel (@CharlesMichel) September 23, 2022
“Estamos aqui nas Nações Unidas, a casa que une as pessoas do mundo. E todos sabemos que um sistema multilateral robusto requer confiança mútua", afirmou, citado pela CNN Internacional.
Charles Michel criticou o uso abusivo do direito de veto e defendeu que “uma reforma é necessária e urgente”: "O uso do veto deveria ser a exceção, mas está a tornar-se a regra".