Mbappé, agitador antes de o ser
A figura: Kylian Mbappé
As notícias relativas a um alegado desagrado de Mbappé até levaram Luís Campos a fazer um desmentido antes do jogo, e a verdade é que Kylian apareceu motivado em campo. Foi claramente o elemento diferenciador no jogo, embora sem conseguir conquistar a vitória. Apontou o golo do PSG, de penálti, e ainda festejou aquele que seria o golo da vitória, mas que foi anulado por fora de jogo. Protagonizou várias arrancadas perigosas pelo lado esquerdo, a beneficiar de algum espaço que o Benfica não conseguiu “esconder”.
O momento: minuto 61
Rafa dominou a bola junto ao limite da área, de costas para a baliza, e ao procurar fugir da pressão de três adversários acabou pisado por Verratti. Uma infração que o árbitro só conseguiu ver com recurso às imagens, mas que permitiu a João Mário dar o empate ao Benfica em Paris.
Outros destaques:
João Mário
Desta vez jogou encostado à direita, na ausência de David Neres (Aursnes apareceu pela esquerda), mas foi, uma vez mais, o porto seguro da equipa. Com a calma habitual a segurar a bola, permitiu muitas vezes que a equipa respirasse mais subida no terreno. A mesma tranquilidade com que bateu o penálti que ditou o empate. Já leva seis golos (e seis assistências) esta época.
António Silva
Um destaque que se justifica sobretudo pela forma como reagiu ao penálti cometido. Sem tremer, a estabilizar depois a exibição em níveis próximos daquilo que tem sido habitual desde que assumiu a titularidade. Esteve algo exposto às arrancadas de Mbappé, que explorava as costas de Bah/Gilberto, mas ainda assim rubricou uma exibição positiva.
Neymar
Alguns apontamentos esteticamente vistosos, mas pouco rentáveis. Com Mbappé encostado à esquerda, o brasileiro sentiu dificuldades para encontrar espaço. Para ter esse espaço precisou de recuar algumas vezes no terreno, mas não foi uma ameaça tão séria quanto o francês.
Sarabia
O antigo jogador do Sporting foi promovido à titularidade na ausência de Messi, mas acabou por ter uma atuação muito discreta, até porque a equipa francesa, na ausência do argentino, tem tendência para virar mais à esquerda, onde Mbappé e Neymar gostam de estar.