Treinador do Atlético de Madrid diz que não muda «nada do que disse» e espera «um jogo muito duro» na Luz
O treinador do Atlético de Madrid, Diego Simeone, garantiu esta terça-feira, dia em que foi previsivelmente (e de novo) questionado sobre as incidências no tenso dérbi de Madrid do passado domingo, que não muda «nada» do que disse, acabando, perante sucessivas insistências na conferência de imprensa, a pedir para também falar do Benfica, adversário de quarta-feira na 2.ª jornada da fase de liga da Liga dos Campeões.
«Estou tranquilo, sou uma pessoa clara, frontal, gosto de dizer o que sinto e, do outro dia, não vou mudar nada do que disse. Antes da conferência perguntaram-me três notas individuais e, nas três, reforcei absolutamente a rejeição à violência, aos agressores, pondo como primeira situação isto que estou a dizer, tendo o clube uma grande oportunidade para fazermo-nos fortes e para mostrar, para fora, o que tem de ser feito», começou por dizer, na conferência de imprensa, no Estádio da Luz.
«Foi o que disse depois do jogo e, posteriormente, dei uma opinião, que a levaram para o lugar que mais convém e aí já não é meu problema. Dei a minha opinião. Tocou ao Courtois no outro dia e os gestos que estou a explicar também foram vistos. Isso não quer dizer, nem justifica, porque voltamos ao mesmo. E tudo o que eu disse, muitos aproveitaram para ficar como uma recordação, mas muitos aproveitaram para divertir-se um pouco entre segunda e terça-feira», prosseguiu, terminando a primeira intervenção apontando ao jogo na Luz.
«Agora pensamos no Benfica, é um rival duro, difícil, joga bem, ataca com muita gente, tem jogadores com experiência e vai ser um jogo muito duro.»
Simeone voltou a falar de novo do assunto, quando questionado sobre se misturar as duas coisas (o que Courtois fez e as atitudes das bancadas) foi uma falha. «É difícil explicar, hoje a televisão precisa de atenção, que as pessoas estejam coladas à televisão e acontece que os treinadores têm de falar antes do jogo – coisa que antes não acontecia – e temos de falar logo depois do jogo e vamos a 200 milhões de revoluções. Mas não mudo nada, se não, tivessem perguntado a uma geladeira. E eu não sou uma geladeira, tenho sentimentos, pensamentos e opinião. Muitas vezes digo e outras vezes calo, no ouro dia não me calei. Chegaram-me muitas mensagens a agradecer o que eu disse, porque muitos se reveem. Estamos numa sociedade sensível e precisamos de firmeza absoluta. Depois, expliquei em três entrevistas e o atirador vai para onde for. Bem, Benfica», referiu Simeone, admitindo que houve pouco tempo para preparar o jogo, mas que o treino desta terça-feira ajudar ao foco.
«Não foram dias simples, não foi bom o que aconteceu e, como disse depois do jogo, o clube está a trabalhar, já tem um implicado e seguramente vai encontrar mais, porque não precisamos dessas pessoas. Temos pouco tempo para preparar o jogo, continuamos na fase de recuperação, mas a Champions é diferente, convida a fazer um esforço por trabalhar e procurar o jogo que queremos, tentaremos competir como temos vindo a fazer e levar o jogo para onde acreditamos que podemos causar-lhes problemas», afirmou o técnico.
O Benfica-Atlético de Madrid está agendado para as 20 horas de quarta-feira. Siga o jogo, ao minuto, no Maisfutebol.