Central sindical reivindica o aumento geral dos salários ou o controlo dos preços
A CGTP decidiu esta quinta-feira convocar um dia de protesto para 9 de fevereiro, que vai contar com greves e paralisações em todos os setores e todo o país, anunciou hoje a secretária-geral, Isabel Camarinha.
“A CGTP decidiu convocar um dia nacional de indignação, protesto e luta, com greves e paralisações em todos os setores e todo o país”, afirmou a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, em conferência de imprensa, em Lisboa.
A central sindical reivindica o aumento geral dos salários, o controlo dos preços, a regulação dos horários de trabalho, a defesa da contratação coletiva e a revogação das “normas gravosas” da legislação laboral.
Isabel Camarinha lamentou que a pandemia, a guerra na Ucrânia e as consequentes sanções tenham sido aproveitadas para gerar uma especulação dos preços e atacar os direitos dos trabalhadores, enquanto os grandes grupos continuam a apresentar resultados “de milhares de milhões”.
A intersindical exige, neste sentido, o fim da especulação, a taxação de lucros e o controle de preços, nomeadamente dos bens essenciais e energia.
A secretária-geral da CGTP lembrou ainda que o Governo é quem mais contrata com vínculos precários, o que referiu prejudicar as relações de trabalho.
Em matéria de pensões e reformas, a CGTP notou que muitas pessoas vivem no limiar da pobreza, pedindo ainda um reforço do investimento na saúde, educação, proteção social e habitação.
Neste contexto, a CGTP, que está a terminar uma semana de luta, promete continuar a desenvolver “processos reivindicativos” em janeiro, com a presença dos sindicatos nos locais de trabalho.
“A inflação baixou duas décimas, mas não houve preços a baixar. Sem um controlo, os preços vão manter-se e até aumentar. Janeiro e fevereiro vão trazer um maior agravamento da situação dos trabalhadores”, acrescentou.
Na reunião de hoje, o Conselho Nacional da CGTP decidiu também convocar o XV congresso da intersindical para os dias 23 e 24 de fevereiro de 2024, no Seixal, com o lema “Com os trabalhadores, organização, unidade e luta! Garantir diretos, combater a exploração. Afirmar abril por um Portugal com futuro”.
Isabel Camarinha foi eleita secretária-geral da CGTP em 2020, mandato que deverá cumprir até 2024.