Famílias já têm mais de 25 mil milhões em Certificados de Aforro

ECO - Parceiro CNN Portugal , Alberto Teixeira
23 mar 2023, 16:00
Notas, dinheiro, euro, poupança. Foto: Adrien Fillon/NurPhoto via Getty Images

Continua a corrida para os Certificados de Aforro: aplicações aumentaram 2,5 mil milhões de euros em fevereiro. Taxa de 3,5% atrai cada vez mais adeptos

Os Certificados de Aforro continuam a captar cada vez mais poupanças das famílias portuguesas. Depois do aumento recorde de 2,9 mil milhões de euros em janeiro, as aplicações nestes certificados voltaram a engordar em fevereiro em mais de 2,5 mil milhões, ultrapassando já os 25 mil milhões de euros, o valor mais elevado de sempre.

O que explica o sucesso dos Certificados de Aforro? Será talvez a opção de investimento mais segura e rentável neste momento à disposição dos pequenos aforradores, rendendo atualmente 3,5% — a taxa máxima permitida por lei, ainda que paguem prémios de permanência ao longo do tempo.

A popularidade dos Certificados de Aforro tornou-se mesmo numa ameaça para os depósitos bancários, igualmente seguros, mas com rentabilidades bastante deprimidas, apesar da subida das taxas de mercado. Só no mês passado é que os grandes bancos começaram a subida as taxas dos depósitos a prazo para níveis em torno dos 2%, mas impondo muitas condições. Será suficiente para parar a onda dos certificados?

Em janeiro, os depósitos tiveram uma quebra recorde de 2,5 mil milhões de euros, com os bancos a darem duas justificações principais para este movimento: amortização antecipada dos créditos da casa (por forma a fazer baixar a prestação) e a fuga para os Certificados de Aforro.

Continua fuga para os Certificados de Aforro

Fonte: Banco de Portugal

Portugueses confiam 39 mil milhões ao Estado

O reforço da aposta nos Certificados de Aforro mais do que compensou a diminuição do investimento nos Certificados do Tesouro: as aplicações nestes títulos caíram 570 milhões em fevereiro, pelo 16.º mês consecutivo, totalizando agora os 14 mil milhões, o valor mais baixo desde agosto de 2017.

Contas feitas, os portugueses tinham aplicados mais de 39,1 mil milhões de euros em produtos do Estado no final de fevereiro, um aumento de quase dois mil milhões em relação ao mês anterior. Nunca as famílias confiaram tanto dinheiro ao Estado.

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