Esta alteração não se prende unicamente com a redução em 1 ponto percentual da taxa máxima base (de 3,5% para 2,5%) mas, sobretudo, com o suprimento do prémio de subscrição inicial (1%) e com um maior escalonamento dos prémios de permanência, que parte também de um valor mais baixo (0,25% face aos anteriores 0,5%).
Assim, se anteriormente um aforrador que investisse as suas poupanças em certificados de aforro por um período entre os três meses e os três anos poderia almejar uma taxa interna de rendibilidade líquida de impostos (TIR) máxima entre 2,52% a 2,79%, atualmente esse intervalo baixa para 1,80% a 1,93%.
Estado corta na taxa de juro
A taxa de juro das duas séries de certificados de aforro está atualmente separada por 73 pontos base para aplicações entre os 3 meses e os 12 meses. Significa que a anterior série (Série E) pagava, em média, 1,4 vezes mais que a atual série (Série F) num investimento até um ano. Porém, esta diferença alarga-se até aos 85 pontos base num investimento a três anos.
Desta forma, não só os bancos sentem agora menor pressão em aumentar mais a remuneração dos depósitos como, de forma imediata, também a quantidade de depósitos que consegue oferecer mais que os Certificados de Aforro aumentou.
Com base numa análise do ECO à oferta comercial de depósitos a prazo até 25 mil euros dos 23 bancos registados no Banco de Portugal, os depósitos mais generosos para as poupanças das famílias estão todos em bancos de pequena e média dimensão e, na sua maioria, destinam-se apenas a novos clientes.
Por exemplo, para os aforradores que pretendam aplicar as suas poupanças a três meses, são cinco as soluções que atualmente pagam mais que os 1,8% líquidos dos certificados de aforro. Na sexta-feira, quando ainda estava em comercialização a Série E, não havia um único depósito a três meses que pagasse mais que os certificados de aforro.
Entre as propostas a três meses que mais sobressaem está o “Super Depósito 3 meses” do Banco Big e o “bpg start” do Banco Português de Gestão, que oferecem uma taxa anual nominal bruta (TANB ) de 3,5%, que se traduz numa taxa anual nominal líquida (TANL ) de 2,52%. Ambas as ofertas estão disponíveis para novos clientes para montantes a partir dos 2.000 euros, no caso da oferta do Banco Big, e dos 2.500 euros no caso do Banco Português de Gestão.
Desta forma, não só os bancos sentem agora menor pressão em aumentar mais a remuneração dos depósitos como, de forma imediata, também a quantidade de depósitos que consegue oferecer mais que os certificados de aforro aumentou.
Com base numa análise do ECO à oferta comercial de depósitos a prazo até 25 mil euros dos 23 bancos registados no Banco de Portugal, os depósitos mais generosos para as poupanças das famílias estão todos em bancos de pequena e média dimensão e, na sua maioria, destinam-se apenas a novos clientes.
Por exemplo, para os aforradores que pretendam aplicar as suas poupanças a três meses, são cinco as soluções que atualmente pagam mais que os 1,8% líquidos dos certificados de aforro. Na sexta-feira, quando ainda estava em comercialização a Série E, não havia um único depósito a três meses que pagasse mais que os certificados de aforro.
Entre as propostas a três meses que mais sobressaem está o “Super Depósito 3 meses” do Banco Big e o “bpg start” do Banco Português de Gestão, que oferecem uma taxa anual nominal bruta (TANB ) de 3,5%, que se traduz numa taxa anual nominal líquida (TANL ) de 2,52%. Ambas as ofertas estão disponíveis para novos clientes para montantes a partir dos 2.000 euros, no caso da oferta do Banco Big, e dos 2.500 euros no caso do Banco Português de Gestão.
ara um plano de investimento a seis meses, o lote de ofertas que pagam mais que os Certificados de Aforro alarga-se para seis. A oferta mais destacada é novamente dada pelo Banco Big através do “Super Depósito 6 meses”, que apresenta uma TANB de 4%, o equivalente a uma TANL de 2,88%, mais de 1 ponto percentual acima da remuneração dos Certificados de Aforro neste horizonte temporal (1,81%). No entanto, para usufruir desta oferta necessita de investir pelo menos 25 mil euros.
Para os aforradores que tenham como objetivo aplicar as suas poupanças a 12 meses são nove as soluções que se mostram mais generosas que a TIR de 1,82% dos Certificados de Aforro. O melhor depósito a prazo a um ano é o “Depósito Novos Clientes 22.º Aniversário” do Banco Best, que apresenta uma TANB de 3,65%, que se traduz numa TANL de 2,63%.
Este depósito a prazo está apenas disponível para novos clientes e para montantes entre 2.500 euros e 75.000 euros. Além disso, tem o pormenor de pagar os juros de imediato. Ou seja, em vez de ter de esperar um ano para receber os juros, o banco paga-os assim que contratualiza o depósito. Esta situação permite que consiga alavancar ainda mais este ganho, colocando os juros também de imediato a render num outro depósito.
Para aplicações a mais de um ano, a oferta de depósitos a prazo é bastante mais reduzida, assim como também mingua substancialmente o número de soluções que paga mais que os certificados de aforro.
No entanto, ainda é possível encontrar seis ofertas que remuneram melhor as poupanças dos particulares a dois anos que os certificados de aforro – na sexta-feira não havia um único depósito. É o caso do “bpg valor” do Banco Português de Gestão, que paga uma TANB de 3,50%, o equivalente a uma TANL de 2,52%, e o “Depósito a Prazo Premium EUR” do Banco BAI Europa, que apresenta atualmente uma TANB de 3,35%, que se reflete numa TANL de 2,41%. Ambas as ofertas ficam acima da TIR de 1,93% dos Certificados de Aforro a dois anos.
Para as famílias que pretendam colocar as suas poupanças a render nos próximos três anos com capital garantido e que procuram uma alternativa melhor à TIR de 1,98% dos Certificados de Aforro no universo dos depósitos a prazo, há apenas duas ofertas a considerar: o “bpg valor” do Banco Português de Gestão, que paga uma TANB de 3,75%, o equivalente a uma TANL de 2,7%, para aplicações entre os 5 mil e os 750 mil euros; e o “BNI Europa Particulares sem mobilização antecipada” do Banco BNI, que oferece uma TANB de 3,3%, o equivalente a uma TANL de 2,38%, exigindo para isso aplicações a partir dos 2.500 euros.
Grandes bancos não se mostram competitivos
Os dados mais recentes do Banco de Portugal notam que a taxa de juro dos depósitos a prazo ainda é muito reduzida. Segundo o regulador, em abril, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares foi de apenas 1,03%, com os novos depósitos até 12 meses a serem remunerados, em média, a 0,95%.
Estes dados são particularmente influenciados pela oferta dos cinco maiores bancos, que continuam a mostrar-se pouco generosos com as poupanças dos aforradores.
De acordo com uma consulta ao preçário da Caixa Geral de Depósitos, Santander Totta, Millennium bcp, Banco BPI e Novobanco conclui-se que apesar de terem uma vasta oferta de depósitos, os cinco maiores bancos pagam muito pouco. É disso exemplo as 22 propostas de depósitos a prazo do Novobanco, em que a melhor proposta, oferecida pelo “DP Aniversário”, um depósito a prazo a 6 meses no montante único de 5 mil euros e apenas constituído por uma vez por ocasião do aniversário do cliente, não vai além de uma TANB de 1,5%.
Além disso, as melhores ofertas de depósitos a prazo dos cinco maiores bancos (que mesmo assim ficam abaixo das melhores do mercado) têm muitas vezes produtos associados, como seja um cartão de crédito, a domiciliação do ordenado ou o crédito à habitação, que acarretam o pagamento de comissões.
É o que sucede com o “DP BPI Habitação” do Banco BPI, que apesar de pagar uma TANB de 2,75% a um ano, exige que haja pelo menos um contrato de crédito à habitação associado.
De acordo com uma consulta do ECO aos mais de 60 depósitos destas instituições, a melhor oferta entre os cinco maiores bancos é dada pela Caixa Geral de Depósitos, através de um depósito a 12 meses que paga 2,5% brutos (1,8% líquidos) para aplicações realizadas pelo homebanking do banco para montantes entre 5 mil euros e 60 mil euros.
Mas é o único que sobressai das 15 ofertas que o banco público apresenta aos seus clientes. E, mesmo assim, abaixo da TIR de 1,82% dos certificados de aforro para o prazo de investimento a um ano e muito longe das duas melhores ofertas do mercado a 12 meses.