Certificados de aforro voltam a subir depois de 11 meses em queda. E batem recorde

Agência Lusa , ARC
21 nov, 17:25
Dinheiro (Getty Images)

Os certificados de aforro atingiram os 34.127,9 milhões de euros, o montante mais elevado de sempre

O valor aplicado em certificados de aforro (CA) voltou a subir em outubro, interrompendo uma queda de 11 meses, atingindo os 34.127,9 milhões de euros, o montante mais elevado de sempre, divulgou esta quinta-feira o Banco de Portugal.

Esta inversão no montante global colocado em CA acontece no mês em que entraram em vigor novas regras sobre os valores máximos que os particulares podem investir nestes títulos de dívida pública, com o limite da série F (atualmente em comercialização) a duplicar de 50 mil para 100 mil euros e o valor conjunto das séries E e F a avançar de 250 mil para 350 mil euros.

Os quase 34.128 milhões de euros que as famílias tinham aplicados em certificados de aforro no final de outubro comparam com os 33.887,9 milhões de euros contabilizados no mês anterior e os 34.071,5 milhões de euros homólogos, que também eram recorde desde o início da série estatística (dezembro de 1998).

Já os certificados de tesouro mantiveram em outubro a queda iniciada em janeiro de 2022, com o valor global a fixar-se em 10.010,7 milhões de euros, cerca de 90 milhões de euros abaixo do contabilizado no mês anterior e inferior em 1,4 mil milhões de euros face ao homólogo.

Esta evolução revela que, enquanto nos CA o valor de dinheiro entrado em novas aplicações ao longo do mês de outubro superou o das saídas (amortizações), nos certificados do tesouro aconteceu o inverso.

Os dados esta quinta-feira divulgados pelo supervisor da banca confirmam as expectativas dos responsáveis dos CTT que no início de outubro, quando entraram em vigor as novas regras, anteciparam que estas iriam impulsionar a procura por certificados.

A par do aumento do limite máximo por aforrador, as expectativas de maior procura tinham também por base o facto de, nos depósitos a prazo, a taxa de remuneração oferecida pelos bancos já ter começado a descer, tornando os 2,5% dos CA mais apetecíveis.

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