Suspeito do ataque ao Centro Ismaili "não estava sinalizado pelas autoridades", diz ministro da Administração Interna

28 mar 2023, 15:34
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro (Lusa/ António Cotrim)

José Luís Carneiro referiu que o suspeito tinha uma vida “bastante tranquila” e que beneficiava do estatuto de proteção internacional

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou que “tudo leva a crer” que o ataque ao Centro Ismaili, que vitimou mortalmente duas pessoas e feriu com gravidade outra, “é um ato isolado”.

“Foi um trágico acontecimento, um ato que repudiamos veementemente. E quero desejar que seja feita justiça num ato trágico”, disse o ministro.

José Luís Carneiro adiantou que o suspeito tinha uma vida "bastante tranquila" e que beneficiava de apoio da comunidade ismaelita. "Não tinha qualquer sinalização que justificasse cuidados de segurança", disse o ministro, adiantando também que o suspeito beneficiava do estatuto de proteção internacional. O governante confirmou, ainda, que o suspeito tem três filhos menores, de nove, sete, e quatro anos, e que perdeu a mulher num campo de refugiados na Grécia.

Para as forças de segurança, o ministro dirigiu um agradecimento pela prontidão na resposta à ocorrência, e expressou a sua solidariedade com a comunidade ismaelita residente em Portugal.

O ataque no Centro Ismaili, na Avenida Lusíada, fez duas vítimas mortais - duas mulheres na casa dos 20 e dos 40 anos que estavam no interior quando um homem entrou com uma faca.

O suspeito - que, segundo fonte policial, é afegão - acabou por ser atingido pela polícia, estando internado no Hospital de São José.

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