Covid-19: dois doentes foram transportados do Algarve para Lisboa com recurso a ECMO

Agência Lusa , BCE
6 dez 2021, 18:16
UCI - Hospital de Santa Maria

O Centro Hospitalar de Santa Maria é o hospital português que tratou mais doentes covid em ECMO desde o início da pandemia, segundo o mais recente relatório da Organização de Suporte de Vida Extracorporal

Equipas do Hospital Santa Maria foram buscar no fim de semana ao Algarve dois doentes com covid-19 que necessitavam de ECMO, um dispositivo de circulação extracorporal essencial ao tratamento de doentes críticos, anunciou, esta segunda-feira, o Centro Hospitalar Lisboa Norte.

“O Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte [CHULN] transportou este fim de semana dois doentes covid em Extracorporal ECMO (Oxigenação por Membrana) do Algarve para o Hospital de Santa Maria”, adianta-se em comunicado.

O centro hospitalar diz que tem capacidade para internar mais de uma dezena de doentes em ECMO em simultâneo nas suas Unidades de Cuidados Intensivos, tendo resgatado doentes de “Norte a Sul do país desde o início da pandemia, no âmbito da resposta regional e nacional do seu Centro de Referência nesta área”.

Segundo dados avançados à Lusa, estão internados no Hospital Santa Maria 38 doentes com covid-19 em enfermaria e 10 em cuidados intensivos, quatro dos quais em ECMO.

CHULN é o hospital português que tratou mais doentes com covid-19

O CHULN é o hospital português que tratou mais doentes covid em ECMO desde março de 2020, quando começou a pandemia, segundo o último relatório de 29 de novembro da Organização de Suporte de Vida Extracorporal, que coliga dados de hospitais de toda a Europa.

“O Serviço de Medicina Intensiva do centro hospitalar internou, nesse período, 83 doentes covid em ECMO, provenientes de regiões diversas do país, de norte a sul, constituindo-se dessa forma num importante polo de referência no apoio à atividade hospitalar do país”, sublinha no comunicado.

Em toda a Península Ibérica, apenas um hospital, o Vall d’Hebron, em Barcelona, tratou mais doentes (97) com esta técnica de fim de linha, acrescenta o comunicado do centro hospitalar português.

Em Itália, epicentro da primeira vaga de Covid na Europa, nenhum hospital internou mais doentes em ECMO do que o CHULN e em França apenas uma unidade tratou mais doentes com esta técnica do que o Hospital de Santa Maria, salienta ainda.

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