CDS-PP acusa Costa de desvalorizar "momento difícil" que portugueses vivem

Agência Lusa
25 dez 2022, 22:43
Congresso do CDS-PP (Lusa/JOSÉ COELHO)

Nuno Melo critica a mensagem de António Costa, atribuindo ao chefe do executivo quatro cognomes: “o esbanjador”, “o ‘eutanasiador’ da Constituição”, “o cobrador de impostos” e “o responsável pela emigração dos jovens”

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, acusou  o primeiro-ministro de desvalorizar, na mensagem de Natal, o “momento difícil” que os portugueses atravessam e de não dar as explicações que “o país aguarda”.

Numa nota enviada à Lusa, Nuno Melo critica a mensagem de António Costa, atribuindo ao chefe do executivo quatro cognomes: “o esbanjador”, “o ‘eutanasiador’ da Constituição”, “o cobrador de impostos” e “o responsável pela emigração dos jovens”.

“A mensagem de Natal do primeiro-ministro desvalorizou o momento difícil que os portugueses vivem e não deu as explicações que o país aguarda”, afirma o centrista.

A reprivatização da TAP e a indemnização da companhia área à nova secretária de Estado do Tesouro, Alexandra Reis, são os principais argumentos do presidente do CDS-PP para considerar António Costa “o esbanjador”.

“O CDS entende que sobre este caso em concreto [da indemnização a Alexandra Reis], o primeiro-ministro tinha que ter dado hoje as explicações que vem negando ao país”, disse.

Nuno Melo, que apelida o primeiro-ministro de “eutanasiador da Constituição”, sublinha que “a mensagem do primeiro-ministro aconteceu poucos dias depois de a Constituição da República Portuguesa ter sido “'eutanasiada' em plena quadra natalícia”.

“O facto, pela gravidade, deve ser sublinhado, sendo que o CDS deposita grandes esperanças na intervenção do Presidente da República em conformidade não só com os valores da dignidade humana, mas também com a violação grosseira da Constituição”, assinala.

O presidente dos centristas atribui ainda o cognome “António Costa, o cobrador de impostos”, ao primeiro-ministro, justificando que o discurso “desvaloriza, de forma inaceitável, o momento particularmente difícil que a maioria dos portugueses vive, enquanto o Governo não toma decisões fundamentais para auxílio das famílias e das empresas e em linha com a maior parte dos países europeus”.

“Pelo contrário, o Governo persiste num modelo errado que assenta em mais despesa e mais dívida, à custa dos impostos confiscatórios sobre quem trabalha, asfixiando a classe média cada vez mais reduzida e com rendimentos disponíveis exíguos e retirando competitividade às empresas”, aponta.

Nuno Melo responsabiliza ainda António Costa pela emigração dos jovens, defendendo que este “não trouxe qualquer nota digna de registo em relação aos jovens, que na esmagadora maioria dos casos sobrevivem com rendimentos inferiores a 900 euros e cada vez mais são obrigados a sair de Portugal para sobreviver com dignidade”.

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