“Está em causa o princípio do fim do SNS”, diz Catarina Martins sobre fecho de maternidades

Agência Lusa
23 dez 2022, 13:42
Catarina Martins (Lusa/Rodrigo Antunes)

A líder bloquista considerou que “os serviços são fechados não por falta de utentes, mas por falta de profissionais”, acusando o Governo socialista de ter recusado “todas as medidas que a esquerda propôs para reforçar os profissionais no SNS”

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, criticou esta sexta-feira o “anúncio sorrateiro” e sem debate dos encerramentos das maternidades, que em alguns casos poderão ser definitivos, alertando que “está em causa o princípio do fim do SNS”.

“Algumas maternidades encerrarão definitivamente já a partir de janeiro. Nos últimos dias, as medidas do Governo para o SNS resumem-se a encerramentos de serviços, ora temporários, ora permanentes. Nada foi debatido e o anúncio sorrateiro, feito por Fernando Araújo, acontece na pausa natalícia”, escreveu Catarina Martins numa publicação nas redes sociais na qual deixa muitas críticas ao Governo.

Para a líder do BE, “quem sempre se levantou pelo SNS não pode calar-se agora” porque “o que está a acontecer é grave demais e não é só sobre maternidades”, mas sim “sobre todo o SNS”.

“Ao longo dos anos, houve debates acalorados sobre encerramento de serviços em regiões onde a população estava a diminuir. (…) Este é um debate importante, mas agora está em causa algo maior, está em causa o princípio do fim do SNS”, alertou.

Catarina Martins considerou que “os serviços são fechados não por falta de utentes, mas por falta de profissionais”, acusando o Governo socialista de ter recusado “todas as medidas que a esquerda propôs para reforçar os profissionais no SNS”.

“Falta de dinheiro? Não. Hoje mesmo é notícia que Portugal teve um excedente orçamental de 2,8% até setembro. A falta de investimento nos serviços públicos é, como sempre foi, uma escolha”, acusou.

A possibilidade “destes encerramentos definitivos”, na opinião da coordenadora do BE, deixa claro que “o Governo desistiu de fixar profissionais no SNS”.

“E, sem profissionais, encerra. Agora serão as maternidades. E depois?”, questionou.

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