Ataque remonta a 10 de junho
A Polícia Judiciária capturou mais um elemento dos “casuals” das claques do Sporting alegadamente envolvidos no ataque com cocktails molotov a adeptos do FC Porto, no último dia 10 de junho – que se junta aos seis suspeitos do grupo que já tinham sido apanhados, em duas operações distintas, e que estão todos em prisão preventiva. O sétimo elemento foi entretanto libertado.
Este oitavo elemento também será presente a um juiz pelo Ministério Público, no DIAP de Lisboa, e arrisca a mesma medida de coação dos cúmplices. A todos são imputados os mesmos crimes, nomeadamente cinco de homicídio na forma tentada.
"O agora detido, de 24 anos, encontrava-se em fuga às autoridades policiais desde o cometimento dos crimes e faz parte de um grupo constituído por cerca de 10 homens, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos, que, no final de uma competição desportiva, resolveram planear a abordagem violenta e agressiva a um grupo mais restrito de adeptos de uma claque do clube opositor", lê-se no comunicado da PJ.
A polícia acrescenta que "após o conhecimento da notícia dos crimes identificou, localizou e deteve três dos suspeitos, entretanto sujeitos à medida de coação de prisão preventiva".
"Em diligências subsequentes, a investigação veio a identificar e localizar, a 23 de setembro, mais quatro suspeitos de comparticipação na prática dos crimes, tendo sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva a três dos quatro suspeitos", acrrescenta a nota.
O ataque remonta a 10 de junho, quando o grupo, no final de um jogo de hóquei em patins entre o Sporting e o Porto, “abordou violenta e agressivamente um grupo mais restrito de adeptos de uma claque do clube opositor, que se fazia transportar num veículo automóvel parado, momentaneamente, junto a um semáforo na zona do Lumiar”. Os cinco ocupantes do carro foram, segundo a PJ, “agredidos com violência” e os vidros do carro foram partidos e “lançados para o seu interior artefactos pirotécnicos que provocaram um incêndio que acabou por destruí-lo totalmente”.
Além das agressões, as cinco pessoas que seguiam no carro sofreram queimaduras e precisaram de ser encaminhadas para o hospital.