A acusação marca um ponto final num inquérito aberto em 2012 relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual por parte da EDP
A Greenvolt – Energias Renováveis revelou esta segunda-feira que o Conselho de Administração da empresa decidiu não alterar a função de João Manso Neto enquanto diretor executivo da empresa, depois de o administrador ter sido acusado de corrupção pelo Ministério Público.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Greenvolt indica que o Conselho de Administração foi informado do despacho de acusação deduzido contra Manso Neto, relacionado com o exercício de funções no Grupo EDP vários anos antes de ter assumido quaisquer funções na empresa, e que continuará a acompanhar a evolução do processo.
Os ex-administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto foram acusados na semana passada de corrupção no caso EDP/CMEC, no qual também são visados o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e outros arguidos.
Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que o antigo governante está acusado de corrupção passiva, tendo também sido acusados pelo mesmo crime João Conceição, administrador da REN e antigo consultor do ex-ministro, o assessor Rui Cartaxo e o ex-diretor-geral de Energia Miguel Barreto.
Foi pedida a perda de vantagens aos arguidos e à EDP num valor próximo dos mil milhões de euros.
A acusação marca um ponto final num inquérito aberto em 2012 relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) por parte da EDP.
Este processo acabou também por levar, em dezembro de 2022, à acusação do ex-ministro Manuel Pinho, da mulher Alexandra Pinho, e do ex-banqueiro Ricardo Salgado por factos não relacionados com esta situação.
O inquérito foi então separado, prolongando-se até agora a investigação que visava essencialmente os antigos administradores da EDP António Mexia e João Manso Neto, que por força deste caso tiveram de abandonar as suas funções na empresa elétrica.