Ex-governantes vão poder receber até 10 questões por cada partido e terão 10 dias para responder
Os antigos ministros socialistas Manuel Pizarro e Francisca Van Dunem vão poder responder à comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras por escrito, adiantou esta quarta-feira o presidente da comissão.
Em declarações aos jornalistas, após reunião de mesa e coordenadores, Rui Paulo Sousa disse que foram “definidas quatro ou cinco audições por escrito” e que a agenda será atualizada.
“Quatro ou cinco audições passaram a escritas, uma delas foi, por exemplo, a de Francisca Van Dunem, ex-ministra da Justiça. Uma ou duas prescindiu-se de ouvir. Vamos a atualizar a tabela”, afirmou.
Sobre a audição ao antigo ministro da Saúde Manuel Pizarro, o também deputado do Chega disse que o pedido de audição por escrito “foi consensual”.
De acordo com Rui Paulo Sousa, foram dados 15 dias a partir desta quarta-feira para os partidos enviarem à comissão as perguntas dirigidas a Pizarro e a Van Dunem.
Também como acontece com António Costa, os ex-governantes vão poder receber até 10 questões por cada partido e terão 10 dias para responder.
Rui Paulo Sousa disse ainda que, na sexta-feira, antes da audição do ex-chefe de gabinete do antigo secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, será votado um novo calendário.
“Vai ser enviado um novo calendário para todos os grupos parlamentares avaliarem, fazerem mais alguma sugestão e vai ser votado já no início da próxima audição de sexta-feira”, precisou.
Manuel Pizarro desempenhou as funções de ministro da Saúde, entre 2022 e 2024, enquanto Francisca Van Dunem foi ministra da Justiça, entre 2015 e 2022, nos XXI e XXII Governos Constitucionais.
O antigo ministro da Saúde iria ser ouvido na tarde sexta-feira a seguir à audição do ex-chefe de Gabinete de Lacerda Sales, Tiago Jorge Carvalho Gonçalves.
Já a ex-ministra da Justiça Francisca Van Dunem seria ouvida presencialmente em 11 de outubro.