Entre a grande velocidade neste artigo e surpreenda-se com os valores alcançados
Um Mercedes-Benz W196 Streamliner, de 1954, avaliado entre 50 e 70 milhões de dólares (qualquer coisa entre os 45 e os 63 milhões de euros) está entre os carros históricos que vão ser vendidos pelo Indianapolis Motor Speedway Museum.
Sendo a principal atração entre uma seleção dos carros mais desejados do mundo que vão a leilão, o Streamliner foi conduzido pelos famosos pilotos de corridas Juan Manuel Fangio e Stirling Moss, de acordo com um comunicado da leiloeira RM Sotheby’s.
Fangio conduziu o carro primeiro, numa corrida em Buenos Aires, Argentina, antes de Moss ter assumido o volante um ano depois, em 1955, no Grande Prémio de Itália em Monza, onde conseguiu a volta mais rápida da corrida.
Outro veículo que vai ser levado a leilão, para angariar fundos para o museu, é um Ferrari 250LM, de 1964, que foi conduzido três vezes na corrida 24 Horas de Le Mans, vencendo em 1965. Da lista fazem também parte um Chevrolet Corvette SS Project XP64, de 1957, com carroçaria de magnésio, e um Ford GT40 MkII de 1966.
“Estes veículos serão alguns dos carros mais importantes alguma vez vendidos”, descreve Gord Duff, líder global de leilões da RM Sotheby’s em comunicado.
“Não há quase nada que se compare com eles, e é ótimo saber que eles estão à venda por uma causa tão nobre”.
Segundo o comunicado, o museu decidiu vender 11 carros porque “não estão diretamenta ligados à [corrida] Indianapolis 500 ou ao [circuito] Indianapolis Motor Speedway”.
O objetivo é aumentar os fundos do museu, permitindo-lhe restaurar e cuidar a restante coleção, bem como comprar mais artefactos que contem a história da Indianapolis 500 e do Indianapolis Motor Speedway.
Na lista dos carros que vão ser colocados à venda incluem alguns dos primeiros carros de comida, como um Itala de 1907; um Laurin & Klement Racer de 1911, que traz um exemplo dos primórdios da tecnologia aerodinâmica ativa; um Mercedes Brookland Semmering Hill Climb de 1909, que é “considerada a mudança tecnológica mais dramática e um enorme salto no desempenho dos carros, estabelecendo a Mercedes como um dos maiores fabricantes automóveis de todos os tempos”, descreve a leiloeira.
Outro dos carros que vão para o mercado é o Sonic I, no qual Craig Breedlove estabeleceu novos recordes de velocidade terrestre cinco vezes, com a velocidade mais rápida de todos os tempos: quase 970 quilómetros por hora. A mulher de Breedlove, Lee, também bateu o recorde feminino para a velocidade terrestre no Sonic I, atingindo quase 497 quilómetros por hora.
Os carros serão vendidos em diferentes eventos no final deste ano e em 2025, segundo o comunicado.
Os carros históricos têm atingido preços astronómicos nos últimos anos.
Em 2022, um Mercedes-Benz SLR descapotável de 1955, muito raro e que tinha sido mantido na coleção da fabricante automóvel alemã, foi vendido a um comprador privado por 135 milhões de euros.
Esse preço transforma-o no carro mais caro alguma vez vendido, segundo a Hagerty, empresa que mantém um registo dos valores dos veículos de coleção.
O recorde anterior era detido pelo conhecido colecionador de automóveis David MacNeil, fundador e presidente executivo da WeatherTech, empresa que produz tapetes para automóveis, que comprou um Ferrari 250 GTO, com o número de chassis 4153 GT, por 70 milhões de dólares em 2018 (cerca de 63 milhões de euros ao câmbio atual). É o Ferrari mais caro a ser vendido num leilão.
Na altura, James Knight, presidente da área automóvel da leiloeira britânica Bonhams, comparou os 250 GTO a algumas das obras de arte mais exclusivas do mundo.
“O Ferrari 250 GTO é o equivalente, no mundo automóvel, aos “Girassóis” de Van Gogh, um talismã para qualquer colecionador de topo”, disse. “O GTO vendido recentemente é um dos cinco melhores que existem”.
